Suspeito de 51 anos tinha ainda 14 crânios, 88 garras, 24 maxilares e 57 quilogramas de ossadas de leão distribuídos em três sacos. Todos os artefactos pertenciam a espécies de animais cuja captura é proibida
O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo condenou esta quinta-feira um homem a 30 anos de prisão por matar 42 leões, 20 elefantes e quatro rinocerontes, divulgou uma organização de conservação e ambiente.
O acusado, de 51 anos, foi também condenado a pagar o valor correspondente a dois anos de multa, depois de terem sido encontrados na sua casa peças de espécies de animais cuja captura é proibida, entre as quais 14 crânios, 128 molhos de caudas, 88 garras, 24 maxilares e 57 quilogramas de ossadas de leão distribuídos em três sacos, refere a Moçambique Bio, na sua página da rede social Facebook.
As autoridades moçambicanas encontraram ainda 55 pontas de marfim e 74 ossos de elefante durante as buscas na residência do homem, localizada na província de Maputo, somando um total de 629,72 quilogramas de peças de animais apreendidas.
O homem foi detido em 05 de dezembro de 2022 na baixa da cidade de Maputo, na posse de mais de nove quilos de produtos de fauna que pretendia vender a pessoas de origem asiática.
A caça furtiva em Moçambique tem sido uma grave ameaça à vida selvagem, mas as autoridades estimam que o abate de elefantes tenha diminuído nos últimos anos, fruto dos esforços de fiscalização e conservação.
Segundo dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), Moçambique tem cerca de 10 mil elefantes.
Relatórios mais recentes indicam que o país perdeu, entre 2011 e 2016, 48% da população de elefantes.