Ministro da Educação critica greves e diz que "ninguém tem o direito de prejudicar mais estes alunos"

2 set 2023, 10:42

João Costa diz que esta geração de alunos já teve "um ano com perturbações"

O ministro da Educação comentou, este sábado, nas Conferências do Estoril, o arranque do ano letivo e atacou os sindicatos, dizendo que as greves não podem continuar a "prejudicar os alunos".

Pedindo "bom senso", João Costa lembrou que, "ao longo do último ano, o Governo abriu processos negociais por nossa iniciativa, nunca os suspendeu, nunca os interrompeu e fez as reuniões com os sindicatos que foram solicitada".

"Se estivéssemos a falar de um Governo que ignora pedidos de reuniões, que ignora a negociação, estávamos num cenário. Nós neste momento temos de pensar no seguinte, são uma geração de alunos, uma parte de alunos que teve dois anos de pandemia, que já teve um ano com perturbações, ninguém tem o direito, seja qual for a nossa preocupação, ninguém tem o direito de prejudicar mais estes alunos", afirmou, quando questionado pela CNN Portugal sobre a nova greve do S.TO.P agendada para este novo ano letivo.

Questionado se podia garantir que todos os alunos terão já professores colocados nas suas respectivas escolas, o ministro afirmou que a tutela sabia que "há regiões do país com maior dificuldade", como é o caso da região de Lisboa, mas assegurou que estavam a "a agilizar todos os procedimentos para que o ano letivo comece com a maior normalidade, que os professores em falta sejam colocados o mais cedo possível."

No entanto, assumiu que o Governo "está preocupado" com os cerca de 400 horários para preencher. 

"Obviamente, sempre que há um horário por atribuir, o Governo está preocupado, toda a gente está preocupada. (...) 400 é um número elevado, um horário é um número elevado, digamos assim, nós temos milhares e milhares e milhares  de horários, eu nem sei dizer a totalidade. Quando nós falávamos há pouco tempo de ter 95% dos horários preenchidos, são 95% dos mais de 13 mil horários pedidos, mas são os horários que não são pedidos porque são preenchidos com os professores que estão nos quadros das escolas, que são ainda muitos mais milhares do que os 13 mil", afirmou.

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