Partido garante que disponibilizou os documentos e que não se tratou de uma busca judicial
Dois inspetores da Polícia Judiciária (PJ) estiveram na sede nacional do PSD, na tarde desta quarta-feira, na sequência das buscas realizadas na Câmara Municipal de Cascais. As autoridades pediram a documentação das contas da campanha interna de Miguel Pinto Luz para a liderança do partido, em 2019, que acabou por ser ganha por Rui Rio.
Esta não foi, no entanto, uma busca judicial. Segundo o jornal Observador, e como confirmado pela CNN Portugal, o secretário-geral adjunto Ricardo Carvalho disponibilizou a documentação pedida pelas autoridades, incluindo as contas internas da campanha interna de Pinto Luz e o regulamento do congresso que se realizou a seguir às eleições, cujo vencedor foi Rui Rio.
A investigação relaciona-se com as suspeitas que motivaram as buscas à Câmara Municipal de Cascais esta quarta-feira. Em causa está uma fábrica de máscaras cirúrgicas que Cascais criou para responder à pandemia de covid-19. A CNN Portugal apurou que o atual ministro das Infraestruturas é visado em suspeitas relativas à sua antiga candidatura à liderança do PSD, uma vez que foi assessorado, a título pessoal, por uma agência de comunicação que ao mesmo tempo tinha contratos com a Câmara.
Apesar de Miguel Pinto Luz, ex-vice da câmara de Cascais e atual ministro das Infraestruturas, ser visado nas suspeitas, Carlos Carreiras nega que Miguel Pinto Luz esteja envolvido. "O único responsável sobre esta matéria sou eu", disse.
