"Dias quentes e noites frias": fim de semana traz temperaturas de primavera, que vão manter-se durante duas semanas

4 fev 2022, 12:01

Anticiclone no noroeste do Atlântico é o culpado pelos valores acima do normal nos termómetros em Portugal. Aguaceiros ainda podem cair esta sexta-feira, mas serão bastante fracos e não ajudam na situação de seca que o país vive

O país anseia por chuva, mas o anticiclone estacionado no noroeste do Atlântico, entre os Açores e a Grã-Bretanha, está a causar um bloqueio que faz com que a água por que Portugal espera tarde em chegar. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), nas próximas duas semanas vai manter-se o tempo seco, sendo que esta sexta-feira ainda é possível haver alguns aguaceiros esporádicos e bastante fracos, principalmente a sul, mas o cenário vai mudar rapidamente.

Isto porque, já este sábado, em Portugal o tempo vai ser de primavera antecipada: o céu fica menos nublado, o tempo voltar a estar seco, o sol a brilhar e os termómetros a marcarem valores acima do normal para o mês de fevereiro. Há distritos que ultrapassam mesmo os 20 graus, como é possível ver no site do Instituto Português e da Atmosfera. 

Se em Lisboa as previsões não vão além dos 19 graus Celsius, o caso muda de figura noutros locais. Em Beja são esperados 21 graus já na segunda-feira, assim como em Faro e Leiria. Já em Santarém e em Setúbal, as temperaturas chegam mesmo aos 22 graus na segunda e na terça-feira.

Previsão das temperaturas em Santarém para a próxima semana (clique na imagem para ver os outros distritos)

Em entrevista à CNN Portugal, Paula Leitão, meteorologista do IPMA, explica que, nas próximas duas semanas, "o tempo vai continuar seco, com temperaturas máximas acima dos valores médios durante o dia, mas durante a noite as temperaturas baixas vão manter-se e poderá haver formação de geada".

"O dia é quente, mas a noite é fria", afirma, acrescentando que "até ao final da semana não chove".

Assim, até cerca de dia 20 de fevereiro, o tempo em Portugal deve ser "mais seco e mais quente do que é normal nesta altura", o que prolonga a situação de seca que o país vive.

Apesar deste tipo de tempo não afetar a maioria da população, Paula Leitão lembra, no entanto, que perante o cenário de seca em Portugal, "o principal problema prende-se com a gestão de água", principalmente na agricultura, mas também com os incêndios florestais provocados com queimadas, muito comuns no inverno.

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