"Acordo verbal": tripulação de navio português capturado pelo Irão "vai ser libertada" (mas a embarcação não)

19 abr, 12:06
MSC Aires, via Marine Traffic

Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão já tinha anunciado a libertação da primeira tripulante, uma mulher indiana

A tripulação do navio com bandeira portuguesa que está apresado há uma semana no Estreito de Ormuz vai ser libertada este fim de semana, revela à CNN Portugal fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

O Ministério tutelado por Paulo Rangel teve a indicação, “nada por escrito, apenas verbal”, de que “neste fim de semana todos os tripulantes estarão livres”. No entanto, o navio com bandeira portuguesa “continuará apresado”.

Não são, porém, conhecidos os detalhes da libertação.

O MSC Aries, da Zodiac Maritime, foi intercetado no Estreito de Ormuz, entre os Emirados Árabes Unidos, na manhã de sábado, horas antes de o Irão ter atacado Israel com mais de duas centenas de mísseis e drones.

Teerão justificou a ação por “violação de normas” - e diz que pertence “ao regime sionista” -, argumentos que o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal diz que não são “consistentes”.

Depois de o diretor-geral de Política Externa, Rui Vinhais, se ter reunido com o embaixador do Irão em Lisboa, Majid Tafreshi, Portugal admitiu tomar “passos adicionais” se o Irão não cumprir três exigências sobre o navio com bandeira portuguesa capturado.

Esta quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão anunciou a libertação da primeira tripulante, uma mulher indiana. Estão ainda por libertar 24 pessoas.

De acordo com um comunicado da diplomacia indiana, esta libertação surge depois de “esforços concertados entre a missão indiana em Teerão e o governo iraniano”. A cadete Ann Tessa Joseph, natural de Kerala, estava entre os 17 membros da tripulação que têm nacionalidade indiana.

 

 

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