«Temos de ter tratamento igual aos outros», diz João Loureiro

31 mar 2001, 20:48

Presidente do Boavista tece duras críticas O líder da SAD do Boavista não escondia a sua insatisfação no final da partida e assumiu, finalmente, a candidatura ao título. Para Nelo Vingada, o treinador do Marítimo, a sua equipa «esteve mais perto da vitória»

No final da partida, apenas o presidente do Boavista falou na sala de imprensa, expressando um sentimento de revolta que tinha assistido no seu balneário. 

«Hoje só eu vou falar aqui da parte do Boavista», começou por falar João Loureiro. E prosseguindo o seu discurso: «Estive no balneário com os técnicos e jogadores e em primeiro lugar dei-lhes os parabéns pela excelente exibição, ficando bem demonstrado a forte personalidade que têm».  

Em seguida, o líder do conjunto do Bessa expressou o sentimento de revolta da sua equipa: «Percebo o sentimento de revolta que lhes vai na alma pelo o que a aqui se passou». João Loureiro surpreendeu tudo e todos com afirmação seguinte: «Hoje vou aqui assumir que o Boavista é candidato ao título». Só que, «agora, aqueles que sempre nos pressionaram para assumir essa candidatura, têm que nos tratar de forma igual aos grandes». 

«Se houver justiça, o Boavista é campeão» 

O presidente boavisteiro atacou depois algumas afirmações que foram feitas durante a semana. «Infelizmente, uma afirmação menos feliz do nosso treinador, feita a quente, quase que rebentou um barril de pólvora. Só que houve outros, já a frio, que fizeram outras declarações nada condizentes e mais infelizes ainda». 

João Loureiro não se deteve e prosseguiu as suas críticas: « Durante esta semana, ficou provado que há uma protecção aos grandes, quando se fala em transparência». «Se houver justiça e igualdade em Portugal, o Boavista vai ser campeão e tem um terço do orçamento dos grandes. Queremos é justiça e ser tratados da mesma forma, pois as contas fazem-se no final», afirmou convicto de que o seu clube vai vencer a I Liga.  

«Estivemos mais perto do triunfo» 

O treinador do Marítimo, Nelo Vingada, como é seu hábito, começou por fazer uma análise ao encontro. «O jogo de futebol tem duas fases: o ataque e a defesa. O mais bonito do encontro é o ataque, embora a defesa também possa produzir coisas bonitas», disse. E prosseguindo: «Na primeira parte, as duas equipas estiveram bem em termos defensivos e não houve oportunidades de golo de parte a parte». 

Sobre o golo sofrido pela sua equipa, o líder verde-rubro foi claro: «Foi um erro que cometemos e penso que se justificava o 0-0 ao intervalo». Na sua perspectiva, «o Marítimo esteve igual em termos defensivos na segunda parte do jogo, mas melhorou claramente no capítulo ofensivo. Criámos mais oportunidades de golo e estivemos mais perto do conceito de jogo que eu gosto». Assim, «sendo mais agressivos, julgo que merecemos o golo da igualdade». Para Nelo Vingada, «embora aceite este empate, tenho de reconhecer que estivemos mais perto da vitória». 

Por último, o técnico dos madeirenses destacou o apoio e o comportamento do público local:«O apoio dos nossos adeptos foi fantástico, para que conseguíssemos chegar ao empate». E finalizou, falando sobre o comportamento do público: «Tirando um ou outro salpico menos positivo, foi um bom comportamento».

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