Trocou viagem por umas chuteiras novas
Percebe-se à distância que o futebol é a sua grande paixão. A forma como oferece novas sequências à conversa, expressando olhares plenos de satisfação, colocam a nu tudo o que sente pela modalidade. Nos primeiros passos de uma infância feliz, Lagorio deixou-se seduzir pelos encantos da bola, na qual projectou sonhos coloridos pelos ritmos dos seus próprios pontapés. «Tinha seis anos, quando me ofereceram aquilo que mais desejava. Foi dos dias mais importantes da minha vida», recorda o avançado do Marítimo.
Mas o desejo de ser futebolista como o próprio Maradona obrigou-o a fazer opções, sem nunca hesitar um único segundo. «Quando acabei a escola primária, eu e os meus colegas tínhamos como prémio uma viagem. O meu pai perguntou-me se queria viajar ou comprar umas chuteiras. Escolhi as chuteiras e adquiri as melhores que havia na altura», escolheu o argentino, longe de saber que seria profissional pelo Gimmasia y Esgrima de la Plata. Tinha 18 anos e já jogava na primeira equipa.
«Quando era pequeno», confessa, «não tinha ídolos. Agora, admiro muito o Kluivert, um grande avançado, como muita técnica e qualidade. E é lógico que tenho uma especial preferência pelo Batistuta, pelos inúmeros golos marcados. Observo com atenção os meus jogadores favoritos e tento aprender um pouco com todos eles. Só assim posso evoluir», sublinha Lagorio.
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