Eleições em França: a peça ainda vai a meio

11 abr 2022, 01:19

Crónica da noite eleitoral em França. Macron e Le Pen reencontram-se na segunda volta. Faltam duas semanas para o confronto final com a extrema-direita reforçada

O pano caiu no palco onde, diante de “todos nós”, Emmanuel Macron, Presidente, recandidato, último protagonista da noite eleitoral, ensaiou apelos a todos aqueles que votaram nos extremos e pedidos de confiança depois da desconfiança honrada nas urnas pelos eleitores que, contam as sondagens, vêem no Presidente, recandidato, um Presidente autoritário, talvez absoluto, mas com uma visão para o país, confiam alguns. E nesse futuro sonhado, Macron pede apoio para imaginar uma nova França. A República continua em marcha. Mas a peça ainda vai a meio.

À direita, agitam-se as fileiras dos extremos, com Marine Le Pen, candidata que sonha com o papel protagonista há três eleições, a manter-se em cena no palco principal para o duelo final, reimaginado, com apoios reforçados.

E, por isso, nos bastidores, depois de tantas páginas escritas, Republicanos e Socialistas, velhos protagonistas, saem de cena, não sem antes reforçar que a França, imaginada e sonhada, não cabe nos extremos. E mais à esquerda ensaia-se o mesmo. Apesar de parecer mais do mesmo no duelo final, o palco principal não pertence aos extremos da direita reforçada.

Por isso, “todos nós” sabemos: esta peça ainda vai a meio.

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