"É nestes tempos que importa mais votar". Marcelo apela ao voto com olhos postos nas eleições americanas e na guerra na Ucrânia

9 mar, 20:14
Marcelo Rebelo de Sousa (Carlos M. Almeida/Lusa)

O chefe de Estado recordou falou das três principais preocupações nacionais, que diz serem "muito semelhantes" às de 2022, e apelou ao voto. "Baixar os braços é sempre a pior solução", defende.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou ao voto nas eleições legislativas de domingo, sublinhando que "ninguém pode substituir ou condicionar o sentido final da vontade popular" e pedindo atenção para o cenário internacional, que coloca desafios para o país.

"Em 2022, as preocupações eram três. Duas claramente expressas e outra tratada a meia voz. Uma era a recuperação da economia depois de dois anos de 2019. Outra era o efeito da recuperação na vida das pessoas, em particular no seu poder de compra e na Saúde, que teve de adiar cuidados devido à urgência do combate à pandemia", recordou o chefe de Estado. 

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que, nesse ano, alertou para o "agravamento das tensões internacionais" e do "medo de que a paz falhasse" na Ucrânia, o que veio a confirmar-se apenas 24 dias depois das eleições. 

Para o Presidente da República, este ano as três principais preocupações nacionais "são muito semelhantes" às de 2022. A primeira é a "urgência de acelerar a recuperação da economia", que tem vindo a sofrer devido à guerra iniciada em 2022. O segundo é o efeito da mesma em áreas como a Saúde, Habitação, Educação e no próprio desemprego.

A terceira preocupação "quase silenciada ou falada em meia voz" é a "o que se passará lá fora" com as eleições norte-americanas, as eleições europeias e o que isso poderá significar para o desenrolar da guerra na Ucrânia, no Médio Oriente e para a economia mundial.

Nesse sentido, Marcelo deixou também uma palavra para as áreas da Defesa, da Segurança e da Justiça, nas quais se espera "previsibilidade". 

"No fundo, aquilo que é decisivo para o arranque da economia, para a vida de todos, especialmente os mais pobres, os mais excluídos e os mais dependentes. Mas também para a defesa nacional, a segurança e outras instituições soberanas como a justiça. Em tempos de guerra e de insegurança, olhar também para estas áreas mais expostas ao ambiente vivido e aqueles de que os portugueses esperam mais certeza e previsibilidade, é muito importante", afirmou.

Nestes tempos, marcados por incerteza em que a guerra lança "guerras económicas e sociais", é que "importa mais votar", defende. 

"Mesmo para aqueles que nos últimos meses não prestaram atenção ao que se passa lá fora, até porque já vivem suficientemente apreensivos com o seu dia-a-dia, é nesses instantes que mais importa votar. Tal como para os muitos que se afastaram, que se cansaram e desiludiram, é em momentos mais graves como estes que mais importa votar", sublinhou.

"Porque, nesses tempos, baixar os braços é sempre a pior solução. Porque um voto desperdiçado, quando mais fazia falta, nunca é compensado por outro voto mais tarde, porque o tempo não para e muito menos volta para trás. Porque só o vosso voto decide, só o vosso voto escolhe, só o vosso voto é a palavra final. Não é a vontade de mais ninguém: é a vossa vontade, é o vosso voto", defendeu, acrescentando que é hora de "pensar no futuro de Portugal". 

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