António Costa Silva lembra que 900 empresas vêm a Lisboa esta semana para tentarem desenvolver negócios na área
Portugal recebe a partir de segunda-feira a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas. Um evento que se vai realizar entre 27 de junho e 1 de julho, e que coloca o país no centro da discussão das alterações climáticas. O ministro da Economia e do Mar espera que este seja um “ponto de viragem na nossa relação com os oceanos”, numa altura em que o aquecimento aumenta e as calotes polares diminuem.
Em entrevista à CNN Portugal (do mesmo grupo da TVI), António Costa Silva afirma que “a biodiversidade é o nosso seguro de vida neste planeta”, lembrando que 90% da biodiversidade está nos oceanos, que têm sofrido grandes perdas de animais.
“Se estas espécies desaparecem os vírus vêm ter com cada vez maior incidência com a espécie humana”, refere, lembrando o caso da covid-19, vírus transmitido por um animal, no caso um mamífero.
Se foi a partir da primeira destas conferências, realizada em 2017 em Nova Iorque, marcou para a necessidade de combater a poluição dos oceanos, mas também chamou a atenção para a forma como os países podem, de forma sustentável, aumentar a sua riqueza através do mar. António Costa Silva aponta que 5% do Produto Interno Bruto português corresponde à “economia do mar”, nomeadamente através de exportações.
O objetivo, sublinha o ministro, passa por chamar a atenção para a importância da questão dos oceanos para a luta contra as alterações climáticas, mas a questão económica também vai marcar a conferência: “Há 900 empresas que vêm a Lisboa interessadas em desenvolver a economia do mar”.
Por isso, o Ministério da Economia e do Mar começou investigações para tentar perceber como extrair da melhor forma a riqueza das águas salgadas: “O país tem um capital natural extraordinário”, diz, vislumbrando um “potencial enorme” para capitalizar essas vantagens.
A Conferência dos Oceanos das Nações Unidas realiza-se de 27 de junho a 1 de julho e a CNN Portugal vai acompanhar este evento no terreno.