A mãe de Rubiales entrou na Igreja da Divina Pastora de Motril e a seguir anunciou greve de fome devido à "perseguição desumana e sangrenta" ao filho

28 ago 2023, 11:42
Ángeles Béjar (EPA/Alba Feixas)

FIFA suspendeu o presidente da Federação de Futebol de Espanha após o beijo a uma jogadora da seleção. Atleta diz que não foi consentido, Rubiales diz que sim e recusou demitir-se

A mãe de Luis Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol, entrou esta segunda-feira de manhã na igreja da Divina Pastora de Motril, no bairro de Capuchinos de Motril, em Granada, e declarou que vai fazer greve de fome "de maneira indefinida, dia e noite", até que seja encontrada uma solução para a "perseguição desumana e sangrenta" que estão a fazer ao filho "com algo que ele não merece".

Segundo avança a agência EFE, que falou com Ángeles Béjar, a mulher encontra-se dentro da igreja com a irmã e o padre da paróquia já abandonou o local.

Ángeles, que diz que só abandonará o protesto depois de ser feita justiça, deixou ainda um pedido a Jenni Hermoso para que "diga a verdade" e "mantenha a versão que teve no início dos acontecimentos".

A mãe de Rubiales, que foi suspenso pela FIFA, considera que não "existe abuso sexual quando há consentimento por ambas as partes, como ficou provado nas imagens".

"Ele é incapaz de fazer mal a alguém", afirma Ángeles, questionando ainda "porque o estão a visar?" e o que "está por trás de toda esta história?".

O futebol espanhol está envolto em polémica desde 20 de agosto, quando, no final do jogo que sagrou a seleção feminina espanhola campeã do mundo de futebol, em Sydney, Luis Rubiales beijou na boca Jenni Hermoso, enquanto festejavam.

Depois de vários dias com muitas críticas por diversos setores da sociedade, a Federação realizou sexta-feira uma assembleia geral extraordinária, na qual era esperado o pedido de demissão de Rubiales.

Luis Rubiales não se demitiu, dando origem a um novo pico de contestação e extremar das posições, com as jogadoras da seleção a anunciarem não estarem disponíveis para voltar a representar Espanha enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.

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