Secretário da Defesa dos Estados Unidos tem cancro na próstata

António Guimarães , (notícia atualizada às 22:30)
9 jan, 19:34
Lloyd Austin (Maya Alleruzzo/AP)

Hospitalização secreta de que nem Joe Biden soube deveu-se a uma infeção na sequência de uma cirurgia

O secretário da Defesa dos Estados Unidos foi diagnosticado com cancro na próstata. Lloyd Austin foi hospitalizado no início deste ano, num caso que foi polémico porque o presidente norte-americano não foi avisado da hospitalização. Entretanto, a Casa Branca já veio dizer que Joe Biden só foi informado esta terça-feira do diagnóstico do chefe do Pentágono.

“Não é ideal que uma situação como esta se prolongue durante tanto tempo sem o conhecimento do comandante-em-chefe”, disse em conferência de imprensa John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, à medida que aumenta a polémica sobre a ausência de comunicação de duas hospitalizações do seu titular da Defesa.

O responsável máximo pela Defesa dos Estados Unidos, e segundo na linha de comando do exército, foi submetido a uma cirurgia invasiva a 22 de dezembro, depois de um laboratório ter confirmado o adiagnóstico, anunciou o Walter Reed National Military Medical Center.

Lloyd Austin acabou por ser internado a 1 de janeiro por causa de uma infeção no trato urinário, na sequência daquela mesma cirurgia.

A clínica onde o político está a ser tratado refere que estão a ser feitos progressos e que se espera uma recuperação total, ainda que o processo deva decorrer lentamente.

Lloyd Austin nunca perdeu a consciência e nunca teve de ser submetido a anestesia geral durante o procedimento de 2 de janeiro. Os sintomas do pós-operatório incluíram, entre outros, naúseas com dores abdominais, e dores na anca e perna.

A hospitalização do secretário da Defesa permaneceu secreta, até do presidente dos Estados Unidos, durante vários dias. Só ao fim de quase uma semana é que Joe Biden foi informado do caso.

Questionado sobre o porquê do secretismo em torno do diagnóstico, o porta-voz do Pentágono disse que se trata de uma situação "profundamente pessoal". O major-general Pat Ryder referiu que a administração Biden "vai continuar o trabalho para garantir que estamos a tratar [o assunto] da forma mais transparente possível".

Relacionados

E.U.A.

Mais E.U.A.

Mais Lidas

Patrocinados