V. Guimarães-U. Madeira, 3-1 (crónica)

29 jan 2016, 22:34
V. Guimarães-U. Madeira

Reação da segunda parte permite ver a Europa da Cidade-Berço

Pela primeira vez na temporada o V. Guimarães ousou vencer dois jogos consecutivos no D. Afonso Henriques, ao derrotar o União da Madeira (3-1) no jogo de abertura da vigésima jornada da Liga. Licá, Dourado e Cafú apontaram os golos que anularam a vantagem conseguida por Danilo Dias.
 
Contrariamente ao que Sérgio Conceição pediu, os vimaranenses voltaram a ter que reagir à desvantagem no marcador, mas conseguiram nova cambalhota no marcador e estão, ainda que provisoriamente, em zona europeia.
 
O encontro deixou a desejar no primeiro tempo, com pouco futebol para amostra, mas depois do intervalo o V. Guimarães apareceu transfigurado, foi para cima do conjunto insular e construiu um triunfo seguro, impondo o travão nas duas vitórias consecutivas que o União somou nos duelos da Madeira com o Marítimo e com o Nacional. 
 
Erros defensivos contra a monotonia

 
O jogo iniciou-se com um figurino bem vincado. A equipa da casa tentou pegar no jogo, enquanto que os insulares espreitavam o perigo em lances de ataque rápido. A estratégia de ambos os conjuntos não sortiu os efeitos desejados, pelo menos em parte.
 
Os pupilos de Sérgio Conceição esbarravam invariavelmente na barreira montada pelo União da Madeira, sendo praticamente inoperante em termos ofensivos. Um remate do meio da rua de Ricardo Valente no último suspiro do primeiro tempo deu um pouco de cor ao jogo.
 
Pelo meio as duas equipas chegaram ao golo em lances que aparentemente não constituíam grande perigo, mas erros defensivos de parte a parte levaram Miguel Silva e André Moreira ao fundo das suas redes.
 
Primeiro foi Pedrão a ficar mal na fotografia junta à sua baliza, Danilo Dias aproveitou para encostar colocando o União da Madeira na frente do marcador. Vantagem que durou pouco tempo, porque Licá empatou na jogada seguinte. Diego não quis ficar atrás do compatriota e perdeu a bola em zona proibida, vendo Licá aproveitar o erro para se estrear a marcar na Liga. Dois golos em poucos segundos a camuflar um primeiro tempo muito pobre.

Vitória acorda na segunda parte

 
Depois do descanso a história foi diferente. O Vitória regressou mais audaz do período de descanso, essencialmente porque conseguiu transpor com mais facilidade o último reduto do União. 
 
Cafú tentou de fora da área bater André Moreira logo nos primeiros minutos, mas viu o poste devolver-lhe o remate. Depois da tentativa, o capitão serviu Dourado no coração da área para o brasileiro fazer o que melhor sabe. Ir com tudo de cabeça quando a bola se passeia pelas imediações da baliza. Grande mérito para o trabalho de Cafú na esquerda.
 
Os minhotos chegavam à vantagem quando estava jogada uma hora de jogo perante um União que não teve capacidade para armar os contragolpes que esboçou na primeira metade. O golo da tranquilidade chegou dez minutos depois num lance de irreverência de Otávio.
 
O médio serpenteou em zona frontal à baliza e quando e quando ficou devidamente enquadrado rematou de fora da área, forte e colocado, dando a derradeira estocada num União que pouco se mostrava.
 
Mantém-se o histórico. O União nunca venceu no D. Afonso Henriques em jogos do principal escalão do futebol português. O triunfo permite aos vimaranenses ascender ao quinto lugar, último lugar europeu. De forma tímida, é certo, pelo menos até domingo da Cidade-Berço espreita-se a Europa.

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