Para ser candidato não basta parecer
Quem os viu e quem os vê.
Candidato, não é?
O Sp. Braga acabou a primeira metade da época como vice-líder, à frente do FC Porto e (bem à frente) do Sporting, mas começa muito mal a segunda volta.
Em Alvalade, a equipa de Artur Jorge foi uma sombra da equipa competitiva, cheia de alma e tão difícil de bater esta época.
Entrou em campo já atrás do FC Porto, que venceu na Madeira. E andou sempre atrás do Sporting.
Mas não atrás como quem persegue. Como quem quer chegar lá. Andou atrás sem parecer preocupar-se muito.
Quem os viu e quem os vê.
Afastados de todos os objetivos, não é?
Ainda a lamber as feridas da derrota na final da Taça da Liga, e precisar de correr muito para chegar ao pódio da Liga na segunda volta, o Sporting entrou em campo com vontade de mostrar quem é afinal a «equipa grande».
Marcou logo aos nove minutos por Morita. E ficou bem confortável na partida. Sobretudo, porque o Sp. Braga nunca ameaçou verdadeiramente.
Quando o japonês bisou a abrir a segunda parte e, logo a seguir, Niakaté viu o segundo cartão amarelo numa ação totalmente desnecessária, o jogo acabou para os arsenalistas.
E o Sporting aproveitou para acelerar e encher-se de confiança para o que aí vem da época.
Até o jogo se tornar um passeio para o Sporting. E um pesadelo para o Sp. Braga.
Edwards marcou o terceiro em slalom, aos 61m. Matheus Reis apontou o quarto com um golaço de fora da área aos 86m. E Pote fechou as contas já nos descontos, de penálti.
Cinco. 5-0 outra vez. Novamente em Alvalade. Pouco mais de um mês, o Sp. Braga volta a ser goleado em Alvalade.
Perante um Sporting que nesta quarta-feira pareceu mesmo candidato, o Sp. Braga pareceu outra coisa qualquer. Mas nem sombra de candidato.
E para candidato não basta parecer. É preciso mostrá-lo. Todas as semanas.
Vale para os dois.