Um olhar do técnico do Sporting sobre o percurso desta época
O técnico do Sporting, Leonardo Jardim, é um dos convidados do Fórum de Treinadores de Futebol e Futsal, que arrancou esta manhã, na Maia.O evento, organizado pela ANTF, atrai quase 700 participantes, entre treinadores, dirigentes, outros agentes do futebol e alunos.
Jardim participa no painel com Manuel Machado, treinador do Nacional, e Júlio Garganta, docente universitário, subordinado ao tema «Rendimento e Alto Rendimento».
Depois de considerar que «o treinador é uma espécie de mecânico de manutenção»,
E apontou: «Comecei por fazer uma avaliação do plantel. Em função dos objetivos traçados com a direção, vi que jogadores podíamos ter. Alguns estavam emprestados e considerámos que valia a pena apostar neles. Um dos casos foi o William, que toda a gente sabe agora ser um jogador de grande qualidade. Mas também o Wilson e o Salomão, por exemplo... Há que aproveitar os recursos, saber utilizá-los».
Jardim admite que «hoje em dia o treinador tem menos poder numa estrutura», mas «vê isso como inevitável, em função do alargamento de áreas que uma estrutura de um clube tem».
E considerou: «Há que assumir uma gestão partilhada de objetivos. Não vale a pena o treinador ambicionar uma meta e depois a direção não ter dinheiro para contratar os jogadores que o treinador desejaria».
Nesta lógica, Jardim foca-se «nos objetivos e no rendimento». E rendimento pode não ser só desportivos, podem não ser só os resultados... «Há uma valorização dos atletas. No caso do William Carvalho, o principal mérito da sua valorização é do próprio jogador. Tem grande qualidade e está a aproveitar o espaço de oportunidade que entendemos dar-lhe. Se no final da época sair, isso valorizará o próprio Sporting também».