À lei da cambalhota: minhotos goleiam na segunda metade
Três golos em apenas onze minutos, no arranque da segunda metade, devolveram o Sp. Braga aos triunfos na receção ao Portimonense. Depois de dar a primeira parte de avanço, uma reação fortíssima dos guerreiros carimbou o triunfo com uma goleada sobre os algarvios (6-1) em mais uma vitória à leia da cambalhota.
Cenário habitual na presente temporada, um Sp. Braga amorfo e aparentemente sem a convicção necessária foi para o intervalo a perder pela margem mínima. O chá do intervalo teve um efeito fulminante, com um regresso das cabines arrebatador do conjunto de Artur Jorge: os arsenalistas precisaram apenas de três minutos para empatar, marcando então três golos num curto espaço de tempo.
Após três jogos sem vencer, em três competições distintas, ainda antes de cumprida uma hora de jogo já a equipa minhota tinha três golos marcados, arrumando com um Portimonense completamente atónito e sem capacidade de resposta face à reação enérgica do Sp. Braga.
Pedrão atira guerreiros para canto
Desde cedo se percebeu qual seria a dinâmica do jogo na pedreira, numa tendência que se acentuou com a vantagem madrugadora do Portimonense. Mais bola do Sp. Braga, perante um conjunto algarvio organizado e com saídas rápidas para o ataque com o trio da frente – Jasper, Rildo e Hélio – em posição de contragolpe.
Logo aos dez minutos, na sequência de um canto, Pedrão marcou pela segunda jornada consecutiva. Canto cobrado à maneira curta, é Gonçalo Costa a cruzar com o pé esquerdo, Álvaro Djaló compromete a linha defensiva ao ficar para trás, deixando uma série de adversários em jogo. é Pedrão a fazer o desvio na cara de Matheus.
Em cima do intervalo o Sp. Braga enviou uma bola à trave, por Djaló, num dos muitos lances ofensivos do conjunto de Artur Jorge. Não faltou volume ofensivo ao Sp. Braga, mas a realidade é que os processos foram lentos, muitas vezes desconexos, com a defesa do Portimonense a ir sendo suficiente para anular as investidas.
Reação fulminante apaga primeira imagem
A tal entrada fulminante na segunda metade, alterou por completo o rumo do jogo, com o Sp. Braga a arrasar os algarvios em poucos minutos. A primeira aceleração de Bruma pela esquerda, cruzando para o desvio certeiro de Ricardo Horta, foi uma espécie de mote com apenas três minutos jogados.
O portimonense não mais se conseguiu amarrar. De imediato o Sp. Braga encostou a equipa de Paulo Sérgio às cordas, com Banza a rematar ao ferro alguns instantes depois. Na sequência da jogada Horta enviou a bola contra o braço de um adversário, dando a Al Musrati a hipótese de operar a cambalhota no marcador. Não desperdiçou o líbio, com um penálti irrepreensível.
Compensando o erro no golo sofrido, em que atrasou a linha defensiva Djaló fechou o ciclo a todo o vapor, fazendo também ele o gosto ao pé numa combinação com Banza. Mesmo descaído para a direita, o atacante atirou a contar e arrumou com a questão. Já na fase final, Banza ainda foi a tempo de fazer um hat-trick em apenas sete minutos. Primeiro de penálti, depois num remate cruzado fechou a contagem.
Regresso aos triunfos do Sp. Braga, aproximando-se do pódio depois da derrota do FC Porto no arranque da jornada. Segue-se a deslocação ao Santiago Barnabéu, para a Champions.