Moreirense-Sp. Braga, 2-3 (crónica)

Bruno José Ferreira , Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas
9 set 2023, 20:13

Numa questão de fé, os arsenalistas tiveram mais que os cónegos

Duelo minhoto vertiginoso em Moreira de Cónegos. Cinco golos e duas cambalhotas no marcador no jogo em acerto da 3.ª jornada da Liga. Numa questão de fé, prevaleceram os arcebispos aos cónegos. Aos 82 minutos o Sp. Braga estava em desvantagem no marcador, ma resgatou os três pontos seis minutos para lá dos noventa.

Al Musrati, lançado na segunda metade depois de vir de lesão, acaba por assinar o momento do jogo já nos descontos, ao operar a reviravolta decisiva no encontro ao corresponder de cabeça a um pontapé de canto apontado por Pizzi no lado direito. O grito de salvação do Sp. Braga, que chegou a passar mal em Moreira.

Os cónegos estiveram a perder, mas com uma reta final de primeira metade intensa passaram para a frente do marcador com mérito e atiraram ainda duas bolas aos ferros. Mesmo sem os internacionais, os bracarenses fizeram-se valer do seu maior estatuto para carregar na derradeira fase do jogo. Merecia mais a equipa da casa.

Moreirense fartou-se do jogo de paciência, após estar em desvantagem

Em Moreira de Cónegos o embate começou por exigir uma grande dose de paciência a ambas as equipas. Já se sabe, o espaço de manobra é curto e por vezes têm de ser rasgos individuais de inspiração a fazer a diferença. Álvaro Djaló, decisivo para o empate frente ao Sporting, votlu a chamar a si os holofotes.

Rompeu pela esquerda aos 27 minutos, fazendo o passe atrasado para Rony Lopes se estrear a marcar com a camisola do Sp. Braga no primeiro jogo em que foi titular. Havia mais bola para o Sp. Braga até aqui, a circulação não era perfeita, mas percebia-se que o trio composto por Rony, Djaló e Bruma no apoio a Banza, a qualquer momento podia desequilibrar.

Em desvantagem, o Moreirense fartou-se do jogo de paciência e o jogo foi outro. A equipa de Rui Borges soltou-se, demonstrou outra face e foi à procura do prejuízo de forma descarada. Quando aos 40 minutos André Luís fez o empate nem se pôde considerar uma surpresa. Antes do cabeceamento certeiro do capitão já os cónegos tinham enviado duas bolas aos ferros da baliza de Matheus.

Aparentemente preparado para dominar o jogo, o conjunto de Artur Jorge – que não esteve no banco devido a castigo – abanou com a postura do Moreirense e acabou por permitir a cambalhota no jogo em apenas cinco minutos. Madson fez o segundo já nos descontos, num último período da primeira parte dos cónegos com muito mérito.  

Reta final à Braga

O jogo voltou à sua toada inicial. Em desvantagem o Sp. Braga teve de voltar a assumir as despesas do jogo em novo momento de paciência. João Moutinho foi aposta ao intervalo nos arsenalistas, para tentar pautar um jogo em que se pedia agilidade nos processos para desfazer a organização do Moreirense.

Mas, a realidade é que a segunda metade dos bracarenses ia sendo um deserto completo de ideias. Muita circulação de bola, mas faltavam ideias para que os bracarenses fossem mais contundentes. Até ao minuto 82, em que os arsenalistas chegam ao empate num lance de insistência. Fonte despachou a bola no seu meio campo, Frimpong abordou mal o lance e permitiu o cruzamento para Banza fazer o empate de cabeça.

Aí sim, veio ao de cima o melhor Sp. Braga na busca desesperada pela cambalhota no marcador. Foi a melhor fase do Sp. Braga, que ameaçou o golo por duas ocasiões. Álvaro Djaló atirou uma bola à trave já depois de Kewin Silva evitar nova reviravolta no marcador a Pizzi a dois minutos dos noventa. Antes disso Antonisse tinha marcado em posição irregular.

Al Musrati foi, então, o herói improvável do jogo. Numa reta final estonteante, o Sp. Braga acabou por conseguir os três pontos num pontapé de canto em que o líbio foi mais alto do que toda a gente. Triunfo bracarense em Moreira de Cónegos com "estrelinha". Rude golpe para os cónegos, depois de darem boa réplica e perder frente ao FC Porto, tiveram igual desfecho esta tarde. 

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