César Peixoto visa Conceição: «Que se preocupe com a equipa dele»

22 abr 2023, 23:27
P. Ferreira-FC Porto (Lusa/Manuel Fernando Araújo)

Treinador do Paços de Ferreira insatisfeito com as declarações do técnico do FC Porto

César Peixoto, treinador do Paços de Ferreira, na flash interview à Sport TV, após a derrota na receção ao FC Porto, por 2-0, na 29.ª jornada da Liga:

«[Paços não esteve muito recolhido defensivamente, mas tudo muda com a expulsão] Até à expulsão, estávamos a fazer um bom jogo, as primeiras oportunidades são nossas. Sabíamos que o FC Porto ia ter mais bola, com naturalidade, é uma equipa grande, motivada, confiante, tem vencido, está a recuperar. Até à expulsão, a minha equipa esteve muito bem, saía com perigo, a ligar bem o jogo, podíamos ter feito golo pelo Jordan [Holsgrove] nos primeiros minutos, estávamos bem organizados, agressivos e fortes no projeto para este jogo, daí o FC Porto estar a ter dificuldades. Deixe-me dizer que me agrada pouco ver treinadores adversários a falar sobre a minha equipa como falou [Sérgio Conceição]. A equipa é sempre agressiva, não é só contra o FC Porto. É sempre competitiva, tenta sempre vencer. O Sérgio que se preocupe com a equipa dele e que deixe a minha equipa comigo.

Chegámos ao intervalo com menos um, o que dificulta tudo e mais alguma coisa. Perante o FC Porto, 11 para 11 já é difícil, estávamos a fazer um bom jogo, alterámos uma ou outra coisa. A primeira situação na segunda parte é nossa, com o Guedes isolado e o Pepe faz uma grande recuperação. Depois, sofremos um penálti que cai do céu. A partir daí, o FC Porto confiante e a ganhar, nós com menos um, com mais dificuldades a ligar o jogo, a conseguir sair em transições. Tentámos puxar a equipa para a frente, metendo jogadores rápidos, mas tornou-se sempre difícil. Chegámos uma vez ou outra, mas o FC Porto cria três ou quatro oportunidades de golo, mas só depois de fazer o 1-0. Até então, mesmo com menos um, estávamos bem organizados, saímos uma vez pelo Guedes e podíamos ter feito golo. A partir daí, tentámos lutar, mas o FC Porto, aí sim, esteve bem, geriu a bola, criou algumas situações e foi um justo vencedor. Mas há um jogo 11 para 11 e outro de 11 para 10.

Já estive a ver e tenho a certeza do que estou a dizer: o Jordan não toca no jogador do FC Porto. O segundo amarelo é forçado, é muito fácil dar amarelos e condicionar a minha equipa. Não são jogadores maldosos, competem, lutam com garra e é muito fácil expulsar. Se formos contabilizar as expulsões e amarelos desde o início do campeonato… é muito fácil dar amarelos aos jogadores do P. Ferreira. Há que ter mais respeito pelo clube e pelos jogadores.

[Pensamentos no momento da expulsão] Tínhamos um plano de jogo, a equipa estava bem, tínhamos de corrigir uma coisa ou outra para conseguirmos ligar o jogo, ter mais coragem para chegar na frente com mais perigo, e uma ou outra coisa defensivamente. A partir daí, íamos para a segunda parte preparados para competir e 11 para 11 seria um jogo totalmente diferente. O primeiro amarelo aceito, mas mesmo assim não é uma transição. O segundo amarelo condiciona o jogo todo e ele não toca no jogador. O FC Porto já é melhor com 11, com 10 fica mais difícil. Há que continuar a trabalhar, acreditar, o Marítimo também perdeu, vai ser até ao último jogo e não vamos baixar os braços.

[O balão está a esvaziar?] O balão de oxigénio que podemos ter é recuperar jogadores importantes. Hoje tivemos cinco jogadores que poderiam ser titulares e estavam de fora. O Jordan esteve até à última na dúvida, com as condicionantes das lesões, a equipa com menos opções não se torna tão forte nem nos treinos nem nos jogos. A equipa baixou um bocado, hoje voltou a competir como eu quero, mais agressiva, com mais atitude, coragem. 11 para 11 a equipa esteve bem equilibrada e a criar perigo. Temos um pacto até ao último dia para conseguir o objetivo.»

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