FC Porto-Moreirense, 5-0 (crónica)

Ricardo Jorge Castro , Estádio do Dragão, Porto
20 jan, 22:29

Dragão de mão cheia na noite de Wendell

O FC Porto entrou na segunda volta da I Liga a conseguir o resultado mais expressivo da época no campeonato: bateu o Moreirense por 5-0, numa noite para recordar de Wendell e que acabou com mão cheia. O brasileiro abriu cedo o marcador, desbloqueando a missão de um jogo em que bisou e que teve ainda golos de Evanilson, Galeno e Alan Varela.

O golo do lateral-esquerdo aos oito minutos abriu caminho a um triunfo só tornado claro para lá da hora de jogo, no que se adivinhava ser uma tarefa exigente ante o 6.º classificado. Na primeira parte, o Moreirense ainda conseguiu mostrar algumas ideias, princípios do seu jogo e um par de aproximações à área, mas caiu na última meia hora. Teve a melhor ocasião para poder empatar a abrir a segunda parte, mas a partir daí só deu FC Porto e a equipa de Sérgio Conceição arrumou do jogo as dúvidas, com três golos entre os 60 e os 72 minutos, antes de Alan Varela fechar as contas (83m).

Nunca o FC Porto tinha marcado mais de três golos no campeonato esta época e a expressão ofensiva encontra paralelismo com o que o dragão já tinha feito na Amoreira para a Taça (0-4). Desde a mudança promovida na equipa – esta noite com Eustáquio na vez de Nico González – o FC Porto teve três vitórias com esclarecimento, capacidade e, em duas delas, fartura de golos: 11. E nenhum sofrido.

O 1-0 surgiu pelo pé esquerdo de Wendell, ao segundo poste, após um cruzamento bem puxado por Francisco Conceição na direita. Ainda a frio, o FC Porto colocava-se em vantagem e fazia o que talvez fosse mais difícil, na noite em que se encontravam a segunda e terceira defesas menos batidas da I Liga (12 golos sofridos pelo FC Porto, 18 pelo Moreirense à partida).

FC Porto-Moreirense: o filme de uma noite de goleada

Numa primeira parte com algumas perdas de bola de parte a parte e transições, o Moreirense tentou saídas rápidas, proporcionadas sobretudo pela velocidade e talento de Camacho e Alanzinho, mas só criou verdadeiro perigo aos 43 minutos, num lance em que Kodisang surgiu nas costas da defesa portista, mas Wendell, que fazia a diferença no marcador, recuperou para fazer um grande corte, manter o 1-0 e, logo a seguir, ver Kewin negar-lhe o bis antes do descanso.

A abrir a segunda parte, apareceu o Moreirense… antes de desaparecer, por muito mérito do FC Porto. Num belo lance individual, Kodisang ficou a centímetros do 1-1 com 33 segundos jogados. Suspirou de alívio Diogo Costa, antes de os dragões assumirem as despesas do jogo, mostrarem grande eficácia e dobrarem a vantagem aos 60 minutos.

Mesmo com o 1-0, o FC Porto ia dando sinais de controlar o jogo e, já com Iván Jaime na vez de Eustáquio, o cruzamento de Alan Varela, após canto curto combinado com Wendell, encontrou a cabeça de Evanilson para o 2-0. Tudo se tornou mais fácil e simples a partir daí.

Mesmo com quatro substituições de uma assentada ao minuto 65 (Rodrigo Macedo, Madson, Ofori e Frimpong), o Moreirense não conseguiu dar algo mais ao jogo e se dúvidas havia no resultado, o remate de Galeno de fora da área para o 3-0 ao minuto 69 desfê-las.

A partir daí, o FC Porto tornou-se ainda mais dono e senhor do jogo, mostrou boas dinâmicas e Wendell voltou a mostrar-se, ao arrancar da esquerda para o meio com bola e a concluir o mesmo lance com um toque subtil na área após cruzamento de João Mário. Minuto 72, 4-0, bis e noite de glória para Wendell.

Não ficaria por aqui porque ainda havia Alan Varela para a estreia a marcar pelos dragões (83m), numa recarga a um primeiro remate defendido por Kewin e após uma asneira do Moreirense na saída. O 5-0 fechou as contas de uma noite de mão cheia e de consolidação da nova opção estrutural de Conceição para o FC Porto, que se mantém a cinco pontos do líder Sporting e a quatro do Benfica.

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