Desp. Chaves-Gil Vicente, 4-2 (crónica)

7 out 2023, 17:38

Héctor foi a Cruz do galo

Esteve tudo na cabeça de Héctor. Um, dois, três.

O avançado espanhol foi a verdadeira cruz do galo.

O Desportivo de Chaves anulou duas desvantagens e garantiu a vitória na receção ao Gil Vicente (4-2), numa tarde de sonho para Héctor Hernández. O avançado espanhol foi a figura do encontro, com um hat-trick de golos de cabeça, depois de Sandro Cruz ter iniciado a reviravolta flaviense perto da hora de jogo.

Numa tarde de muito calor em Chaves que teve pausas para hidratação, os primeiros 15 minutos foram jogados de forma algo lenta e com alguma expectativa de parte a parte, mas o jogo animou com o primeiro golo aos 19 minutos.

No primeiro lance junto da baliza de Hugo Souza, o Gil Vicente inaugurou o marcador por Félix Correia, num ataque com origem do lado direito. Félix Correia e Pedro Tiba combinaram bem e o médio respeitou a entrada de Murilo na área. Hugo Souza ainda defendeu o remate do extremo, mas a bola ficou à mercê de Félix Correia junto à marca de penálti para um desvio com êxito de pé direito.

O Chaves respondeu com o primeiro duelo ganho por Andrew a Leandro Sanca, num grande voo a dar origem ao canto do 1-1: Kelechi bateu na esquerda e Héctor Hernández assinou o empate, num cabeceamento exímio. A bola foi desviada ao primeiro poste e entrou bem junto ao poste contrário, sem hipóteses para Andrew e para um Gil Vicente que, pelo meio, teve uma séria contrariedade, com a saída do lesionado Depú, para a entrada de Miguel Monteiro.

O jogo animou, sem dúvida, com o tempo e com os golos e Sanca voltou a ver Andrew ganhar o duelo à meia hora de jogo. Os flavienses melhoraram, mas o Gil Vicente foi também dando sinais positivos coletivamente e chegou a nova vantagem aos 39 minutos, depois de Zé Carlos ter ganho a bola a Bruno Langa pelo seu corredor. Murilo recebeu, colocou em Miguel Monteiro na área e o avançado, de costas para a baliza, fez um passe atrasado para o remate certeiro de Maxime Dominguez (1-2). O lance ainda passou pelo crivo do VAR devido à disputa entre Langa e Zé Carlos, acabando validado.

Para a segunda parte, Moreno lançou Sandro Cruz e Benny para os lugares de Bruno Langa e Paulo Victor e acertaria em cheio com a entrada do lateral-esquerdo, que assinou o 2-2 no seu primeiro golo como sénior, aos 58 minutos. Pela esquerda (corredor pelo qual os da casa muito atacaram), fora da área, Sandro Cruz recebeu um passe de Sanca e disparou forte de pé esquerdo para um belo golo. Os gilistas ficaram a pedir falta de João Queirós sobre Félix Correia na origem do lance, mas o empate foi mesmo validado.

Depois de ter tido duas ocasiões a abrir para o 3-1, por Maxime e Miguel Monteiro (grande defesa de Hugo Souza), o Chaves acabou por melhorar face ao Gil Vicente, ganhando mais duelos e mostrando, a espaços, mais alguma frescura física a meio-campo, já com Pedro Pinho, Rúben Ribeiro e, mais tarde, Abass, que seria determinante na origem do 3-2, aos 81 minutos. O ganês cruzou com precisão na esquerda e Héctor atacou o espaço entre os centrais ao primeiro poste, desviando para a reviravolta e o bis na conta pessoal.

Mesmo com as entradas de Fujimoto, Tidjany Touré e Marlon, o Gil Vicente não conseguiu transitar no terreno com a clareza e frescura da primeira parte e o Chaves não só segurou a diferença mínima, como fechou as contas da partida em cima do oitavo minuto de compensação, mesmo já com dez, fruto da expulsão de Rúben Ribeiro (90+3m). De livre, Steven Vitória enviou a bola ao ferro e Héctor aproveitou o ressalto para desviar de cabeça para o 4-2 (90+8m).

O Desportivo de Chaves confirma o bom momento desde a chegada de Moreno: terceiro jogo seguido a pontuar, segunda vitória seguida, chegada aos sete pontos e fuga (à condição, até ver) à zona desconfortável da classificação. No regresso a Chaves, ainda não foi desta que Vítor Campelos conduziu o Gil aos pontos longe de Barcelos, à quarta deslocação.

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