Vizela-Benfica, 1-2 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio do FC Vizela
16 set 2023, 22:41

Em velocidade de cruzeiro, águias deixaram agitar as águas

Refeito do tropeção na ronda inaugural da Liga, o Benfica carimbou o quarto triunfo consecutivo ao vencer em Vizela (1-2) numa noite tranquila em que impôs o seu ritmo, controlou as operações e praticamente não permitiu chances ao Vizela. Um penálti sofrido, a vinte minutos dos noventa, descoloriu a exibição encarnada.

A navegar em velocidade de cruzeiro, as águias – que apresentaram o estreante Trubin como única novidade no onze – destacaram-se com períodos de domínio absoluto, ficando apenas a dever a si mesmo mais golos, a grande brecha de uma prestação convincente, que tem como mancha o golo sofrido, num penálti que nasce num lance que não aparentava complicações.

Com golos na primeira metade, de Petar Musa e Di Maria, faltou aos encarnados maior capacidade ofensiva no capítulo da definição para emprestar mais cor ao marcador, não carimbando os três pontos com uma margem mínima muito enganadora. Mesmo numa noite claramente não, a crença vizelense ainda chegou para agitar águas nos instantes finais.

Vizelenses sem motores para acompanhar

Depois do triunfo confortável na última jornada frente ao V. Guimarães (4-0), o Benfica apresentou-se então em Vizela já numa espécie de velocidade de cruzeiro. Não acelerou muito, nem precisou, mas com circulações de bola competentes e bem oleadas a equipa de Schmidt manietou por completo um Vizela voluntarioso, mas sem argumentos.

Sem surpresas os encanados chegaram à vantagem logo aos nove minutos numa das combinações bem gizadas. Kokçu definiu no corredor central isolando Rafa, que na cara de Buntic preferiu servir Musa. O croata enquadrou-se e atirou para o fundo das redes, vendo a bola desviar ainda num adversário.

Já na fase final do primeiro tempo, de livre Di Maria ampliou a vantagem, dando expressão ao domínio do Benfica. Pelo meio, uma supremacia encarnada incontestável, com uma percentagem de posse de bola avassaladora e sem que o Vizela conseguisse articular qualquer tipo de resposta a este cenário.  

Castigo máximo e incerteza até ao final

A incapacidade vizelense para se intrometer no jogo manteve-se até ao minuto setenta. Uma bola metida em profundidade para Essende levou Aursnes a fazer falta na área, dando origem ao respetivo castigo máximo. Da marca dos onze metros Samu bateu o estreante Trubin, emprestando ao encontro emotividade, algo que estava em falta.

Nunca esteve em causa a supremacia do Benfica, é certo. Mas, a realidade é que com uma vantagem com margem mínima deixou sair uma réstia de crença aos vizelenses, mesmo nunca conseguindo articular-se enquanto equipa capaz de criar situações que incomodassem Trubin.

Apenas a incerteza dessa margem mínima, que podia ter sido desfeita por mais do que uma vez, agitou ao de leve as águas, retirando algum brio ao domínio do Benfica na antecâmara do jogo frente ao Salzburgo a contar para a Champions.

 

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