Vizela-Portimonense, 1-1 (crónica)

Bruno José Ferreira , Estádio do FC Vizela, Vizela
27 fev 2022, 17:26

Dois golos de bola parada, cinismo e um ponto para cada lado

Nem Vizela nem Portimonense conseguiram dar um safanão nos últimos resultados, empatando-se a uma bola no Minho.  Dois golos de bola parada, ainda na primeira metade, cifraram a igualdade no recinto vizelense. Esteve na frente o conjunto algarvio, mas o Vizela não quis terminar o encontro sem qualquer ponto.

Sem vencer há onze longos jogos, a prestação do Portimonense nos minutos iniciais evidenciou o porquê desta série de resultados. Contra a corrente do jogo Willyan marcou para a equipa de Paulo Sérgio.

Destemido, o Vizela manteve a postura acutilante, foram quase sempre os da casa a assumir as despesas do jogo, e chegou ao empate. Carregou muito no ataque à procura de um segundo golo, mas quase sempre sem grande assertividade. De forma cirúrgica, o Portimonense igualou as chances reais de perigo.

Cinismo servido em prato sem sal

Com os dois emblemas a precisar de dar um pontapé na crise de resultados, foi de cabeça em lances de bola parada que Portimonense e Vizela abanaram as redes adversárias. Marcou primeiro o conjunto algarvio a servir a primeira dose de cinismo ao encontro.

Completamente amorfo na entrada em campo, o conjunto de Portimão marcou pelo capitão Willyan ao minuto dezassete. Ainda que sem um ritmo avassalador, era indiscutível o domínio vizelense na entrada em campo. Lucas Fernandes bateu o livre na esquerda e o desvio do médio teve um tique mórbido na lógica do jogo.

O domínio estéril do Vizela ameaçou ser um problema e com dois contra-golpes fugazes o Portimonense causou mossa nas hostes vizelenses. Angulo, com a sua velocidade, ameaçou causar estragos. Numa fase de desconfiança, também de bola parada, o Vizela chega com plena justiça à igualdade. Schettine desviou de forma certeira o canto de Kiki, conferindo menor grau de injustiça ao resultado ao minuto 37.

Massacre vizelense, ataque cirúrgico algarvio

A equipa de Álvaro Pacheco foi sempre a que se mostrou menos satisfeita com o empate, procurando de forma mais declarada outro resultado. Contudo, essa procura nunca teve clarividência para ser decisiva.

O Vizela chegou a massacrar, dominou territorialmente, despejou bolas na área e rematou muito contra a última barreira adversária em remates bloqueados. Libertou-se desse estigma o Portimonense e, mesmo parecendo não querer nada com o jogo, a verdade é que quando foi cirúrgico na saída para o ataque até conseguiu ser mais perigoso.

Neste limbo o cronómetro evoluiu até ao apito final de Luís Godinho, com o jogo a terminar com o tal empate a uma bola. Depois de se passear pelos lugares europeus, o Portimonense não vence há uma dúzia de jogos. Quarto jogo também sem vencer do Vizela, que pela atitude demonstrada fez por merecer mais, mas apenas se pode queixar da sua falta de pragmatismo atacante.

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