Académica-Belenenses, 1-1 (crónica)

9 mai 2015, 20:37
Académica-Belenenses (LUSA/ Paulo Novais)

Golo tardio estragou a Queima aos estudantes de Coimbra

Académica e Belenenses empataram a uma bola neste sábado sendo o resultado aceitável numa partida de pouca qualidade e com escassas ocasiões de perigo de parte a parte. Os golos chegaram já no último quarto de hora, depois de 75 minutos que hão de ter dececionado os milhares de estudantes que se deslocaram até à casa academista.

FICHA DE JOGO


O primeiro tempo no Cidade de Coimbra foi um longo bocejo, perfeito para os (muitos) estudantes presentes nas bancadas poderem tirar um sono depois de uma animada primeira noite de Queima das Fitas. Académica e Belenenses decidiram-se anular, com um futebol cheio de medos e com muita falta de inspiração de parte a parte.

Logo aos seis minutos, Ricardo Dias tentou abanar com a partida, com um disparo de meia distância, que não passou longe do poste esquerdo da baliza de Cristiano. Parecia que podia ser o tónico para uma entrada ativa do Belém, mas isso não viria a confirmar-se. Depois, apenas houve mais um lance de algum perigo, com o guardião academista a agarrar um remate de Rui Fonte após cruzamento de Sturgeon.

Do outro lado, destaca-se apenas uma excelente jogada de entendimento coletivo, que terminou com o disparo de Aderlan, desviado por um jogador belenense para pontapé de canto - estava-se a meio da primeira parte. E pode-se dizer que os primeiros 45 minutos no Cidade de Coimbra foram isto mesmo: quase nenhum perigo e um futebol feito de passes e mais passes sem consequências. Um aborrecimento geral.

Após o intervalo, o jogo recomeçou com algum rebuliço junto das duas balizas, na sequência de bolas paradas laterais, embora sem perigo concreto. Rui Fonte teve uma chance, após cruzamento do lado esquerdo, mas não conseguiu o melhor desvio. Carlos Martins tentou também um disparo de fora da área, com a bola a não passar muito distante do poste direito. Já do lado contrário do campo, Aderlan procurou um cruzamento-remate mas a bola chegou facilmente às mãos de Ventura. Basicamente, foi o que se passou durante os primeiros 15 minutos do segundo tempo…

Com o nulo a manter-se e o jogo a precisar de agitação, José Viterbo decidiu lançar o veloz Hugo Sêco para os últimos 25 minutos. E, em boa verdade, a entrada deste jogador serviu para a Académica ganhar algum ascendente, que se materializou ao minuto 77, pelos pés de Rafael Lopes, após uma excelente subida e cruzamento do lateral Aderlan. Um golo efusivamente comemorado pelos quase cinco mil presentes nas bancadas e, sobretudo, pelo próprio Rafael Lopes, que foi festejar com a claque Mancha Negra.

Em desvantagem, Jorge Simão foi ao assalto da baliza coimbrã e Camará, solto de marcação, esteve perto de empatar o jogo, de cabeça, à passagem do minuto 82. Apesar de tudo, faltou alguma imaginação à turma do Restelo, que se mostrou algo precipitada na hora de construir futebol no último reduto contrário. O golo do empate em forma de balde de água fria para os academistas surgiu já em tempo de compensação, na sequência de um cruzamento-remate do recém-entrado Fábio Nunes.

No final houve repartição de pontos, com claro prejuízo para os «estudantes», que assim não puderam ainda queimar as fitas da manutenção.

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