Penafiel-Académica, 0-0 (crónica)

3 mai 2015, 18:02
Penafiel-Académica (LUSA/ Octávio Passos)

Lee vale ponto aos estudantes, locais ainda resistem

Por: Jorge Fonseca 


José Viterbo saiu de Penafiel com duas certezas: a de que põe respirar fundo e a de que tem uma grande alternativa a Cristiano na baliza. No lado oposto, o Penafiel fez o que pôde para sair com os três pontos mas a falta de pontaria e um guarda-redes inspirado só permitaram que ganhasse um ponto.    

A necessidade absoluta de vencer dos locais retirou-lhes a clarividência frente a uma Briosa que cedo se viu sem Rui Pedro e, pior do quer isso, sem ser capaz de se ligar nas transições ofensivas, fazendo com que Rafael Lopes, no seu regresso ao “25 de Abril”, pouco mais fosse que um espetador.

Foi, por isso, preciso esperar quase até a meia-hora de jogo para ver o perigo rondar uma das balizas, num raro contra-ataque dos “estudantes” que deixou a bola à mercê do pé esquerdo de Nuno Piloto, mas cujo remate saiu junto ao poste esquerdo.

Refeitos do susto, os homens de Carlos Brito retomaram o ataque e, não fosse Lee em dois momentos (33 e 37 minutos) e o marcador poderia, finalmente, ter funcionado, mas o guardião brasileiro mostrou ao que veio, defendendo para a frente o remate de Romeu Ribeiro para, no segundo lance, mostrar classe e reflexos felinos.

Da direita, Braga cobrou um livre para área, surgindo Rabiola a ganhar nas alturas e a cabecear a preceito, voando Lee para, com uma palmada, desviar para fora e forçar a partida a chegar ao intervalo com um nulo no marcador.

A tarde inspirada de Lee prosseguiu na segunda metade, com mais um conjunto de grandes defesas a afastar a Académica de apuros, enquanto o Penafiel parecia com uma energia inesgotável rumo à tentativa de chegar ao golo.

Marcos Paulo (73) e Obiora (77), em ambos os lances com Haghighi a mostrar também atenção e reflexos, mostraram que a equipa de Coimbra não estava ali apenas para defender. Contudo, até final, foi só isso que fizeram, vendo Rabiola e Mbla (80) a ver Lee negar-lhes a mais soberana das ocasiões.

O relvado não ajudou ninguém mas o que mais pesou no nulo final foi mesmo a falta de pontaria dos locais, a grande exibição de Lee e a postura dos “estudantes” que foram a Penafiel jogar para o empate e pouco mais fizeram para que se assim não fosse.

Relacionados

Patrocinados