Esperança traída
Não é necessário calculadora. O V. Guimarães empatou a uma bola na receção ao Standard Liège e desta forma vê confirmado o afastamento das competições europeias. A conjugação necessária de resultados era pouco provável, mas existia. Nem o Vitória cumpriu com a sua parte nem o Arsenal venceu o Eintracht Frankfurt.
A equipa de Ivo Vieira soma o segundo empate consecutivo depois de também ter empatado com o mesmo resultado frente ao Arsenal (1-1) e ainda não venceu no Grupo F da Liga Europa, tendo já o seu destino traçado uma vez que não conseguirá sair do último lugar do grupo. Esperança traída, o Vitória voltou a rubricar uma exibição agradável, não tão vistosa como outras, mas ainda não foi desta que venceu.
Frente ao conjunto belga, sem margem de erro em virtude das contas do grupo, o Vitória voltou a ficar a dever a si mesmo um marcador mais expressivo. Mas, se é verdade que ficou aquém do produzido a nível ofensivo, não é menos verdade que também permitiu vários lances à equipa orientada por Michel Preud’homme num jogo disputado debaixo de uma autêntica intempérie.
O ascendente do Vitória chegou a prometer um segundo após um final de primeira parte estonteante, mas a segunda parte ficou-se pelas ameaças. Os vimaranenses estiveram a perder ao sofrer golo numa grande penalidade inexistentes mas chegaram à igualdade por André Pereira e o resultado ficou selado aí, antes do intervalo.
Emoções no final
Após um primeiro tempo equilibrado e com oportunidades de parte a parte, as redes só abanaram nos derradeiros instantes do primeiro tempo. Emoção não faltou com as duas equipas a concederem vários espaços que potenciaram a construção de lances de perigo para Douglas e Bodart.
Foi valendo o belga para segurar o nulo no marcador, enquanto que do outro lado Douglas acaba por estar envolvido no golo do Standard Liège. Lançado por Lestienne, Bastien fez-se à falta e forçou o contacto com o guarda-redes Douglas que ainda se tentou encolher, mas acabou por não ser suficiente para não iludir o árbitro.
Castigo máximo mal assinalado a permitir a Lestienne adiantar o emblema belga no marcador. Reagiu o Vitória nos descontos, chegando à igualdade. Lucas Evangelista amorteceu de cabeça para André Pereira que, isolado, não teve dificuldades para bater Bodart.
Alta rotação no final do primeiro tempo com muitas queixas à equipa de arbitragem, Moreno foi inclusive expulso do banco, e um golo para cada lado a dar expressão a um primeiro período gladiado com muita luta debaixo da tal tempestade.
Promessas de parte a parte
Galvanizado pelo empate conseguido fora de horas, o V. Guimarães reentrou por cima no jogo, ameaçando o segundo golo em várias ocasiões. O desacerto na finalização, a meias com mais intervenções dignas de registo de Bodart, não permitiram que o Vitória assumisse a dianteira do marcador.
Soube congelar o jogo o Standard Liège. Fez a gestão com bola, impedindo dessa forma que os pupilos de Ivo Vieira criassem perigo. Ainda assim mais esporadicamente o conjunto português ameaçava a cambalhota no marcador mesmo as notícias chegadas de Londres não sendo animadoras.
Bola cá, bola lá. As duas equipas prometeram o segundo mas as promessas de parte a parte acabaram por não ter resultados práticos. Foi maior o assédio do Vitória, controlou mais com bola o Standard.
Entre promessas ninguém agarrou a possibilidade de vencer e o contro terminou com o empate (1-1) que atribuiu o último lugar do grupo ao Vitoria e deixa, ainda, margem aos belgas para sonhar.
