LE: Sp. Braga-Konyaspor, 3-1 (crónica)

3 nov 2016, 22:11
Sp. Braga-Konyaspor (Reuters)

Despertador tocou para o segundo lugar

Ganhar ou ganhar, mata-mata, final, finalíssima, por aí fora. Um jogo decisivo para o Sp. Braga na Liga Europa. José Peseiro assumiu esse cenário, sem meias palavras, e cumpriu. Golos de Emiliano Velásquez, Wilson Eduardo e Ricardo Horta para a reviravolta frente ao Konyaspor (3-1), em duelo acidentado.

A formação arsenalista chega ao patamar dos cinco pontos afasta-se dos turcos, e chega ao segundo lugar no grupo, graças ao desaire do Gent frente ao Shakhtar. Os belgas serão os grandes adversários na luta pela posição atual.

LE: Sp. Braga-Konyaspor, 3-1 (destaques)

Empolgada pela boa classificação na Liga, a par do FC Porto e à frente do Sporting, a equipa minota entrou em campo sem a sua principal unidade: o inebriante Pedro Santos.

Wilson Eduardo e Ricardo Horta ocuparam os flancos do ataque, Rui Fonte jogou no apoio ao ponta-de-lança Hassan.

O Konyaspor, mergulhado no último lugar da tabela, pretendia garantir novamente pontos frente ao Sp. Braga, tal como acontecera na ronda anterior. O impronunciável Amir Hadziahmetovic demonstrou isso mesmo com um remate perigosíssimo ao 12º minuto.

A equipa minhota procurou tomar conta do encontro desde o apito inicial mas sentia dificuldades no processo ofensivo e, ao quarto-de-hora, via Emiliano Velásquez a atirar de muito longe… para linha lateral. Assim não.

O jogo seguia assim, pouco interessante, até que Mauro viu um cartão amarelo por pretensa simulação a meio-campo. Uma decisão polémica que ganharia dimensão pouco depois.

Com meia-hora para trás, Rangelov decidiu quebrar a monotonia e inaugurar a contagem a favor dos turcos. O avançado deixou Rosic pelo chão – sem que se vislumbre qualquer infração – e bateu Matheus.

Tocou o despertador em Braga

Dimitar Rangelov estaria longe de imaginar o efeito contraproducente desse remate. Tocou o despertar em Braga e o Sporting local acordou de rompante. Deitou mãos à obra sem tirar a remela dos olhos, sem se espreguiçar ou passar a cara por água.

Em quatro minutos, a equipa de José Peseiro criou três oportunidades de golo. Emiliano Velásquez fez melhor que Hassan e Rosic. Na sequência de um canto cobrado por Wilson Eduardo, o central desviou para o poste mais distante.

Nem tudo seriam boas notícias, ainda assim. Sem equacionar o amarelo no cadastro, Mauro puxou por adversário e viu o segundo, recebendo ordem de expulsão.

O Sp. Braga reagiu da melhor forma a nova contrariedade. Aliás, foi essa a sua marca ao longo do encontro, respondendo de forma superior aos desafios com que se deparou.

Em cima do intervalo, já com Pedro Tiba no lugar de Rui Fonte para repor a dupla a meio-campo, o árbitro assinalou livre indireto no interior da área do Konyaspor. Após toque de Ricardo Horta, Wilson Eduardo demonstrou frieza e capacidade de execução, atirando para fora do alcance de Kirintili.

Por cima no jogo, o Sp. Braga não ficaria em inferioridade numérica durante largo período. Os jogadores turcos perderam a cabeça com o 2-1 e um dos que viu cartão amarelo por protestos, Necj Skubic, viria a ser expulso ao minuto 54 devido a uma entrada violenta sobre Vukcevic.

O treinador do Konyaspor trocara dois elementos ao intervalo mas baixou expetativas com o ato irrefletido de Skubic. Rangelov, o mais esclarecido na formação visitante, procurava remar contra a maré mas o argumento era curto.

José Peseiro sentia o jogo nas mãos. Substituiu Wilson Eduardo – figura do jogo – por Pedro Santos e viu-se obrigado a recorrer a Alan quando Velásquez – igualmente decisivo – saiu em maca.

Na reta final, os turcos pressionaram em busca do empate e chegaram a assustar, sobretudo num remate de Milosevic, ao minuto 88. O ouro, porém, ficou em Braga. Ricardo Horta deu a estocada final no período de descontos, na resposta a um canto em que até o guarda-redes foi à área contrária.

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