Champions: com três portugueses de início, PSG cai da Champions em Munique

8 mar 2023, 22:38

Bayern voltou a bater os parisienses, agora por 2-0, e estão nos quartos de final

Podíamos começar este texto a escrever que o Bayern Munique apagou as estrelas do Paris Saint-Germain. A verdade, porém, é que as estrelas da equipa francesa nunca brilharam na visita à Alemanha.

Depois da derrota no Parque dos Príncipes por 1-0, Christophe Galtier precisava que Messi e Mbappé subissem ao palco dos protagonistas, mas só o segundo, ainda que a espaços, apareceu na Arena de Munique.

Danilo, Nuno Mendes e Vitinha foram titulares na formação gaulesa, que voltou a ser um esboço daquilo que tem potencial para ser, mas que tarda em cumprir: uma grande equipa em vez de um aglomerado de grandes jogadores.

Na frente da eliminatória, os bávaros fizeram uso do tradicional pragmatismo germânico. Acima de tudo, os equilíbrios. O jogo em equipa que tanto os distingue do opositor e lhe permitiu serem melhores nos dois jogos e nunca terem a eliminatória em risco.

O conjunto de Julian Nagelsmann isolou os setores do PSG e, sobretudo, as suas principais referências. Sempre que procurava receber com espaço, Messi esbarrava em alguém. Quase sempre (ainda) longe de zonas de perigo, mas também quando lá esteve, como aos 26 minutos quando não conseguiu bater Sommer depois de tanto insistir.

Aos 38 minutos, Vitinha teve nos pés o empate na eliminatória, mas teve o golo negado por De Ligt com um corte em cima da linha de golo. Aí, pelo erro quase fatal de Sommer, ficou óbvia uma ideia: a eliminatória estava nas mãos do Bayern, para o bem ou para o mal dos alemães.

Na baliza parisiense, Donnarumma também tinha momentos de brilho, como aquele quando teve de se aplicar para negar o golo a Musiala.

A primeira parte terminou com duas más notícias para os franceses: Marquinhos lesionou-se e teve de sair e Mukiele, que o substituiu aos 36 minutos, nem voltou para a etapa complementar, que foi quase toda dos bávaros.

Muller viu o colega Choupo-Moting negar-lhe (talvez) um golo e logo a seguir foi Muller a impedir, devido a fora de jogo posicional, que o camaronês celebrasse, mas nem essa sequência de acontecimentos infelizes para a equipa da casa fez alinhar os astros parisienses.

Aos 61 minutos, Choupo-Moting inaugurou finalmente o marcador. Verratti perdeu a bola em zona proibida e Goretzka serviu o avançado na área para o 1-0.

Quase sempre de forma mais passional do que organizada, o PSG procurou renascer na eliminatória. O veteraníssimo Sergio Ramos, habituado a presenciar ou a protagonizar autênticos milagres quando vestia de branco, apareceu duas vezes, ambas de cabeça e na sequência de bolas paradas e quando parecia haver uma nesga de espaço Upamecano, De Ligt ou Alphonso Davies, também ele preponderante defensivamente, fechavam-na.

João Cancelo foi a jogo aos 86 minutos, rendendo o competentíssimo Thomas Muller (decisivo na pressão no 1-0), e aos 89m serviu Gnabry, que saltou para o jogo ao mesmo tempo do português, para o golo que tirou qualquer dúvida que pudesse ainda subsistir sobre a eliminatória e adiou novamente o sonho de um conjunto de estrelas que tarda em tornar-se numa verdadeira equipa.

IMAGENS VÍDEO: ELEVEN

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