Bola na mão acidental por parte do autor do golo continua como falta, mas se este toque for de um colega de equipa antes do autor do golo, é válido
Um toque acidental da bola na mão de um futebolista, num lance que resulte em golo, deixa de ser considerado como infração. A aprovação foi feita esta sexta-feira pelo International Board (IFAB), que regulamenta as regras do futebol.
«Como a interpretação dos lances que envolvam o toque da bola na mão nem sempre foi consistente, devido a aplicações incorretas da lei, os membros do organismo confirmaram que nem todos os toques da mão e/ou braço de um jogador na bola podem se penalizados», sustenta o IFAB, em comunicado, após uma reunião por videoconferência.
A penalização mantém-se para o jogador que toque deliberadamente na bola com a mão, isto é, movendo-a na sua direção, bem como se tocar na bola com mão/braço quando ganhar volumetria anormal com o corpo.
Caso o jogador coloque a bola na baliza do adversário com a mão, ou na sequência imediata de um toque com a sua mão, ainda que acidentalmente, continua a ser considerada infração. Já se o marcador do golo beneficiar de um toque acidental na bola com a mão de um colega de equipa, deixa de ser falta.
Esta alteração nas leis de jogo entra em vigor a 1 de julho, não produzindo assim efeitos no Campeonato da Europa, ainda que o IFAB tenha referido que há flexibilidade para as competições introduzirem a alteração mais cedo.
Da reunião resultou também a hipótese de abrir a porta a cinco substituições durante os jogos, como já acontece em vários campeonatos da Europa, numa medida que neste momento é provisória e estendida até ao Mundial 2022, no Qatar.
Até agosto de 2022, o IFAB continua ainda a analisar a possibilidade de adicionar uma substituição extra, em caso de concussão cerebral. A Liga Inglesa e as competições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já viram a IFAB autorizar esta alteração.