Biden "espera trabalhar com quem vencer" eleição presidencial na Turquia

Agência Lusa , AM
15 mai 2023, 21:13
Joe Biden (AP)

Washington garantiu confiar no funcionamento das autoridades eleitorais turcas, apesar das acusações de manipulação, e negou ter um favorito para a segunda volta das presidenciais

O presidente norte-americano, Joe Biden, “espera trabalhar com quem vencer" a eleição presidencial na Turquia, disse hoje um porta-voz da Casa Branca.

Os Estados Unidos também "felicitaram" os turcos pela sua mobilização eleitoral, acrescentou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, órgão diretamente ligado ao Presidente norte-americano.

Washington garantiu confiar no funcionamento das autoridades eleitorais turcas, apesar das acusações de manipulação, e negou ter um favorito para a segunda volta das presidenciais, que será realizada em 28 de maio.

O presidente turco, o islamita Recep Tayyip Erdogan, há 20 anos no poder, enfrentará o seu rival, o social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, após uma primeira volta já realizada no domingo.

"A Turquia tem uma longa tradição democrática e estamos confiantes de que as autoridades turcas conduzirão esta próxima fase das eleições presidenciais de acordo com as leis do país e com seus compromissos internacionais", disse por sua vez o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel, em conferência de imprensa.

A administração de Joe Biden reiterou não ter favoritos e que trabalhará com "qualquer Governo turco eleito pelo povo da Turquia", acrescentou o funcionário.

"Felicitamos o povo da Turquia por expressar pacificamente a sua vontade nas urnas e também felicitamos o Parlamento recém-eleito", disse Patel, que lembrou que Ancara é "aliada de longa data" de Washington, além de membro da NATO.

A Comissão Eleitoral turca indicou hoje que, com a contagem praticamente concluída, nenhum dos candidatos conseguirá ultrapassar os 50%, com Erdogan a alcançar 49,5% e Kiliçdaroglu 45% dos votos.

Apesar de Erdogan ter perdido com este resultado a maioria absoluta que obteve em 2014 e que revalidou em 2018, o apoio recebido está bem acima do que as sondagens previam.

A missão de observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) assinalou que as eleições foram marcadas pela violação de alguns direitos e pelas vantagens de que gozam os candidatos governamentais.

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