Associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde: Bolsonaro indiciado por fraude durante a covid

CNN Portugal , MJC
19 mar, 12:24
Bolsonaro (créditos: Getty)

Há outras 16 pessoas indiciadas. Pena máxima prevista é de 12 anos. Bolsonaro está a ser investigado noutros dois casos, incluindo suspeitas de preparação de golpe de Estado

A Polícia Federal (PF) brasileira indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, por fraude no cartão vacinal contra a covid-19, informa a CNN Brasil. Em causa estão os crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema público de Ministério da Saúde.

Na prática, o indiciamento significa que o processo segue para as mãos do Ministério Público Federal, que decide se apresenta denúncia à Justiça ou se arquiva. Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas também foram indiciadas, incluindo o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), segundo o G1.

A PF investiga a ação de uma associação criminosa que teria feito registos falsos de doses contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde para diversas pessoas.

Segundo a polícia, o tenente-coronel teria iniciado o esquema para forjar um certificado físico de vacinação para a covid-19 para a esposa. Entretanto, a investigação destaca que a estrutura criminosa consolidou-se no tempo, passando a ter a “adesão de outras pessoas, atuando de forma estável e permanente para “inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 em benefício do então presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, da sua filha e de outras pessoas.

O crime de associação criminosa prevê pena de um a três anos de prisão; o de inserção de dados falsos em sistema de informações de dois a 12 anos.

Além deste caso, Bolsonaro está também a ser investigado num outro caso que apura a sua participação na preparação de um golpe de Estado e ainda no caso das jóias recebidas da Arábia Saudita.

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