Mais 10 mil reservistas de Israel renunciam ao serviço voluntário em protesto

Agência Lusa , AM
22 jul 2023, 22:23

Os militares protestam contra a intenção da coligação governamental de avançar unilateralmente com a reforma do sistema judiciário, que reforça os poderes do sistema político

O grupo de oposição israelita Irmãos de Armas anunciou este sábado que mais 10 mil reservistas deixarão de prestar serviço voluntário em protesto contra a reforma judicial promovida pelo primeiro-ministro e cuja primeira lei poderá ser aprovada esta segunda-feira.

O anúncio foi feito pelo grupo da oposição Irmãos de Armas numa conferência de imprensa realizada nos arredores de Telavive, segundo o jornal 'The Times of Israel'.

A maioria dos israelitas que completam o serviço militar nacional obrigatório são obrigados a participar do serviço de reserva, mas é comum que aqueles que serviram em unidades especiais, incluindo pilotos, se ofereçam para continuar, desempenhando as mesmas funções que tinham quando estavam na reserva.

Os 10 mil militares juntam-se aos 1.100 reservistas da Força Aérea de Israel, entre os quais 400 pilotos, que anunciaram por carta na sexta-feira a suspensão do serviço voluntário.

Os militares protestam contra a intenção da coligação governamental de avançar unilateralmente com a reforma do sistema judiciário, que reforça os poderes do sistema político.

Ao mesmo tempo, mais de 200.000 pessoas manifestaram-se hoje nas principais cidades israelitas para exigir que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, suspenda a tramitação da polémica reforma judicial.

Cerca de 85.000 pessoas reuniram-se em frente ao parlamento israelita, após uma marcha de quatro dias de Telavive, de acordo com dados publicados pelo 'The Times of Israel' e preparados pela Crowd Solutions.

O primeiro-ministro israelita reuniu-se com os deputados da coligação e sublinhou a posição anterior: se não for alcançado um acordo consensual com a oposição, esta segunda-feira será aprovada a primeira lei de reforma judicial conforme previsto, o que limita a capacidade dos tribunais para restringir, questionar e impugnar as iniciativas e decisões do poder executivo, segundo o Canal 12.

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