Sobe para 104 o número de mortos confirmados no desastre provocado pelas fortes chuvas em Petrópolis

17 fev 2022, 08:10

Deslizamentos de terra deixaram um cenário de destruição nesta cidade a 80 quilómetros do Rio de Janeiro. As operações de resgate prosseguem esta quinta-feira

Em poucas horas choveu mais do que o esperado para todo o mês de fevereiro - o que levou ao colapso da barreira de sustentação de terras do Morro da Oficina, na cidade brasileira de Petrópolis. O resultado foi catastrófico: pelo menos 104 pessoas morreram, mais de 260 deslizamentos, 325 ocorrências e uma cidade inteira inoperacional.

Segundo a Secretaria de Defesa Civil, citada pela CNN Brasil, as autoridades percorreram durante a madrugada desta quinta-feira alguns pontos da cidade que foram afetados pelas fortes chuvas. Até ao momento foram resgatadas 21 pessoas com vida. Só na localidade de Morro da Oficina é estimado que estejam soterradas 40 casas, pelo que as operações de resgate estão concentrados nessa zona.

No local estão 500 operacionais dos bombeiros e militares, distribuídos por 44 pontos, 200 polícias civis e 210 polícias militares, além de nove helicópteros e 190 veículos.

Até às 20:00 de quarta, havia registo de 372 desalojados e mais de 180 moradores de área de risco recebiam apoio em escolas – a Defesa Civil informou, também, que 25 escolas estão a funcionar para este efeito.

O cenário de destruição multiplica-se por toda a cidade de Petrópolis (a 80 quilómetros do Rio de Janeiro), que já decretou estado de calamidade pública. “As imagens são muito fortes e, provavelmente, vamos amanhecer com imagens tão ou mais fortes. É realmente uma tragédia grande”, previa o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, ainda durante a noite de terça-feira.

“Cenas de guerra! Carros pendurados em postes! O que nós vimos é uma cena muito triste, cena praticamente de guerra", disse o governador.

“Uma catástrofe provocada por chuvas torrenciais”, foi assim que, em nome do governo brasileiro, o ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Rogério Marinho, classificou o sucedido em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro.

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