Treinador que o lançou nas camadas jovens da selecção nacional O número dois da estrutura técnica do Manchester ainda não sabia da decisão de Paulo Sousa.
Carlos Queirós foi um dos principais mentores do sucesso de Paulo Sousa. Seleccionador das camadas jovens de Portugal no final da década de 80, apostou no jogador que hoje disse adeus ao futebol.
Já a preparar a sua nova experiência, no Manchester United, Carlos Queirós soube da decisão de Paulo Sousa através do telefonema do Maisfutebol. «Reajo com surpresa e com lamento», começou por dizer o número dois da estrutura técnica do Manchester United. «É uma pena para o futebol e, sobretudo, para o futebol português. O Paulo ainda tinha muito para dar e, certamente, terão sido razões médicas que o fizeram tomar a decisão que tomou».
Queirós fez questão de ressalvar que «é complicado estar a comentar uma situação que não conheço em pormenor. Estou a saber agora dessa notícia e confesso que ela me deixa muito triste. Conheço o Paulo muito bem e sei que, para ter decidido o que decidiu, fê-lo de forma ponderada e sensata».
«Amadureceu muito depressa e soube sempre o que devia fazer»
Realçando a «estabilidade» e a «maturidade» que sempre caracterizaram o perfil de Paulo Sousa, Carlos Queirós não hesita em apontar o exemplo de Paulo Sousa como «um dos melhores produtos de uma geração que se foi revelando em 87, em 89, em 91...» «O Paulo foi um dos que se revelou mais cedo, aquele que mais cedo provou que iria triunfar no topo do futebol», acrescenta Queirós.
Na perspectiva de Carlos Queirós, «a base do sucesso do Paulo teve a ver com o facto de saber sempre o que devia fazer. Amadurecei muito depressa, mostrando sempre ser um grande profissional e uma pessoa inteligente».
Sem esconder alguma perplexidade pela notícia que teve, Queirós reafirmou que «apenas razões médicas impedira que Paulo Sousa continuasse a ser um jogador de top por mais alguns anos».
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