Brasileiro Alex responde na CPI pelos passaportes falsos

12 fev 2001, 23:29

Jogador reafirma responsalidade do Saint-Etiènne O brasileiro Alex, jogador do Saint-Etiènne, respondeu hoje da CPI da Câmara dos Representantes do Brasil e reafirmou a responsalibidade da direcção do clube francês no caso dos passaportes falsos.

O brasileiro Alex, jogador do Saint-Etiènne acusado de possuir um passaporte português falso, foi hoje (segunda-feira) ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Representantes do Brasil. 

O jogador reafirmou que foi a direcção do clube francês quem lhe forneceu toda a documentação, adiantando que só concordou com a ideia porque desconhecia que o passaporte português era falso, mesmo sabendo que nem os seus pais ou avós possuíam nacionalidade portuguesa. 

Segundo Alex, os dirigentes do Saint-Etiènne pediram-lhe para enviar toda a sua documentação para o empresário Edinho, ex-jogador da selecção brasileira, que seria o responsável por todo o processo de aquisição do passaporte. «Ele recebeu a minha certidão de nascimento e o atestado de óbito do meu pai», garantiu o jogador.  

No final da sessão de inquérito, o deputado Pedro Celso adiantou que «as investigações do uso do passaporte falso por Alex só estarão concluídas quando a CPI ouvir o depoimento do ex-jogador Edinho», já que com as declarações de hoje do jogador, Edinho passou a constituir-se como uma das peças fundamentais em todo o processo.  

Por outro lado, a CPI vai ouvir amanhã (terça-feira) o empresário Juan Figger, envolvido em vários casos polémicos do futebol brasileiro, já que é o representante dos jogadores Warley, Jorginho e Alberto, da Udinese, bem como de Edu, que se transferiu para o Arsenal, todos acusados de possuir passaportes falsos.  

Ao que a CPI apurou, o empresário uruguaio já transferiu mais de 100 jovens jogadores para o futebol europeu, sendo ainda apontado como um dos participantes na rede de falsificação de passaportes que têm surgido por toda a Europa.

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