Data limite de apresentação de candidaturas à convenção da Iniciativa Liberal será 06 de janeiro

Agência Lusa , AM
7 nov 2022, 06:35

Conselho Nacional do partido durou cerca de 13 horas e decidiu, entre outras questões, que a VII Convenção Nacional da IL vai ser em Lisboa, a 21 e 22 de janeiro do próximo ano

Os novos membros que poderão votar na VII Convenção Nacional da Iniciativa Liberal (IL) têm que ter sido propostos até domingo, sendo 06 de janeiro a data final de apresentação de candidaturas para as eleições internas.

No final de 13 horas de Conselho Nacional da IL, que se reuniu no domingo em Coimbra, foi a presidente do órgão, Mariana Leitão, que apresentou as conclusões da reunião aos jornalistas, destacando o “momento de amplo debate”.

“Chegámos a muitas conclusões neste Conselho Nacional em que se aprovou o regimento da VII Convenção Nacional da IL, que irá decorrer nos dias 21 e 22 de janeiro em Lisboa, onde haverá oportunidade para os órgãos cessantes fazerem um balanço do seu mandato, onde todas as candidaturas aos vários órgãos poderão apresentar os seus projetos e as suas listas e onde todos os membros poderão ter um amplo debate sobre os vários pontos a discutir nessa convenção”, referiu.

Segundo Mariana Leitão, a data final para apresentação de listas aos órgãos é 15 dias antes da convenção, ou seja, dia 06 de janeiro de 2023, podendo os membros que querem participar na reunião magna fazer a inscrição até à mesma data.

“Os membros que constarão dos cadernos eleitorais são os membros que tenham sido propostos até ao dia de hoje [domingo]”, explicou.

Na reunião foi chumbada uma proposta que previa uma segunda volta em caso de mais do que duas candidaturas.

“O que prevaleceu é que a votação será por maioria simples. A votação que é feita na moção de estratégia global apresentada por cada uma das candidaturas sejam quantas candidaturas forem”, referiu.

Depois de conhecida no dia 23 de outubro a realização das eleições antecipadas para a liderança da IL e a decisão de João Cotrim Figueiredo não se recandidatar ao cargo, foi da bancada parlamentar e da atual comissão executiva que saíram os candidatos à sucessão até agora conhecidos: Rui Rocha e Carla Castro.

Carla Castro promete Comissão Executiva de apenas 15 membros

A candidata à liderança da IL Carla Castro mostrou-se hoje “perfeitamente satisfeita” com o calendário eleitoral interno, prometendo uma Comissão Executiva com apenas 15 membros, o menor número possível, e “um modelo de gestão mais participativo”.

À saída do Conselho Nacional da IL, Carla Castro disse que este foi um “dia de enorme felicitação” por ser a primeira vez em que os liberais vão ter “pelo menos duas candidaturas”.

Insistindo que foi um “dia de vitórias liberais” porque a concorrência, a pluralidade e a discussão fazem parte dos liberais, Carla Castro considerou que agora será possível “delinear a estratégia de campanha e finalmente dar a conhecer não só as reformas liberais, as ideias liberais, como fazer crescer o liberalismo em Portugal”.

“O calendário deixa-me perfeitamente satisfeita. Tinha dito que estava tranquila com qualquer uma das datas. Tinha dito que não ia propor [qualquer data], como não ia votar no Conselho Nacional e foi o que aconteceu”, assegurou, em declarações à saída do Conselho Nacional da IL, que decorreu em Coimbra.

A candidata considerou ainda que se deve “aproveitar a fase de debate interno para mostrar ao país o valor da IL, dos membros, das ideias” e o motivo pelo qual os liberais fazem “falta a Portugal”.

Carla Castro comprometeu-se com uma Comissão Executiva com a dimensão mínima que permitem os estatutos, ou seja 15 membros – atualmente este órgão tem o número máximo de 25 -, pretendendo também “adotar um modelo de gestão mais participativo, mais descentralizado, colaborativo”.

“O objetivo é ter uma dimensão mais reduzida, mas trabalhar com outras estruturas do partido”, explicou.

Calendário eleitoral da IL “equilibra todos os interesses em jogo”

O candidato à liderança da IL Rui Rocha considerou que o calendário eleitoral interno “equilibra todos os interesses em jogo”, permitindo o esclarecimento dos membros, mas também que o país “possa acompanhar a discussão sobre a liderança”.

À saída do Conselho Nacional, Rui Rocha afirmou que tinha sido um “dia muito feliz” para o partido, sublinhando a “discussão e o debate aberto”.

“Prevaleceu a ideia de que era necessário um calendário alargado para que todos pudessem apresentar as suas candidaturas, conhecer bem as candidaturas e as propostas. Seria um erro insistir num calendário mais restrito que tiraria a possibilidade de um debate que seria muito importante”, defendeu.

Para Rui Rocha, as eleições internas em janeiro são “uma data que equilibra todos os interesses em jogo” uma vez que este calendário eleitoral é “fundamental para esclarecimento dos membros e para que o país possa acompanhar a discussão sobre a liderança” do partido.

“Não apresentei uma proposta minha porque havia uma moção em cima da mesa que cumpria os objetivos que tinha determinado e felizmente veio a ser aprovada”, explicou.

Na análise do deputado, há um “debate interno para fazer, uma nova liderança para escolher”, mas continua a haver “um país lá fora onde a presença da IL é fundamental face à degradação do ambiente político, do contexto político, às dificuldades que os portugueses apresentam”.

“Estou muito feliz pelo resultado dessa clarificação interna que vai ser possível fazer, do ponto de vista do debate de ideias, da escolha de uma nova liderança, quer das condições que daqui saem para que a IL possa crescer e afirmar-se e fazer um combate político, às políticas socialistas que estão a condenar o país a mais anos de estagnação e dificuldade económica”, defendeu.

Sobre a dimensão da Comissão Executiva que vai apresentar – a sua opositora Carla Castro prometeu um órgão com a dimensão mínima permitida pelos estatutos, ou seja, 15 membros – Rui Rocha explicou que, para ser possível um “adequado crescimento” e “trazer novas propostas e ideias para a IL”, é necessária uma Comissão Executiva “que cubra diversas valências, que traga diversos conhecimentos e experiências”.

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