Medina diz que contexto é de incerteza relativamente à inflação

Agência Lusa
13 mai 2022, 19:35
Fernando Medina (Patrícia de Melo Moreira/ Getty)

Ministro das Finanças alerta que a questão fundamental é se a subida que tem sido verificada já atingiu o pico ou se a descida será mais lenta que o previsto

O ministro das Finanças vincou esta sexta-feira que os tempos são de incerteza no que toca à inflação, considerando que a questão fundamental é se a subida já atingiu o pico ou se a descida será mais lenta do que o previsto.

“Estamos neste contexto de incerteza relativamente nomeadamente ao andamento de inflação, 7,2% em abril”, disse Fernando Medina numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), quando questionado pelo deputado social-democrata Joaquim Miranda Sarmento sobre se a previsão de inflação incluída na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) ainda se mantém atualizada.

Segundo o deputado do PSD, se os preços aumentarem 0,5% ao mês até ao final do ano, a inflação será de 7,3%, o que contrasta com a taxa de inflação de 3,7% prevista pelo executivo.

"A questão fundamental quanto ao andamento da inflação é se nos encontraremos no topo relativamente ao valor de aumento e se a partir daqui assistiremos a um processo de estabilização e depois a descida ou se este processo será mais lento relativamente à descida face àquilo que se aguardava", respondeu.

O ministro justificou que um ou outro cenário irá implicar o andamento da política económica, nomeadamente no segundo semestre do ano.

Já anteriormente durante a audição, Fernando Medina vincou que o OE2022 está a ser discutido numa conjuntura exigente e complexa.

"A economia portuguesa apresenta um desempenho assinalável que podemos, e devemos, sublinhar. Mas por outro lado, acumulam-se fatores de pressão externa, à vista de todos, os quais não podemos evitar, e com os quais temos de saber lidar", disse.

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