Igor Silva foi esfaqueado 18 vezes. Filho de Marco "Orelhas" tê-lo-á golpeado em três momentos

9 jun 2022, 17:41

Em causa está o homicídio ocorrido durante os festejos do título do FC Porto. Um segundo suspeito, Diogo Meireles, conhecido como “Xió”, e um dos melhores amigos de Renato Gonçalves, também terá esfaqueado a vítima, que foi alvo de uma emboscada

Igor Silva foi esfaqueado 18 vezes na madrugada dos festejos do título no Porto, após o clássico na Luz, acabando por morrer na rua, sabe a CNN Portugal.

De acordo com a investigação, Renato Gonçalves, filho de Marco "Orelhas", número dois da claque Super Dragões, terá perseguido a vítima de faca na mão, uma faca com 15/20 centímetros, até a atingir nas costas, provocando-lhe a queda. Mais atrás seguiriam o pai e Paulo Cardoso, conhecido por “Chanfra” e cunhado de Marco, que terão agarrado nos braços e nas pernas de Igor Silva, impedindo-o de fugir.

Igor Silva seria golpeado em três momentos. Já depois de atingido nas costas, e de ter sofrido murros, socos e pontapés do grupo que, alegadamente, o encurralou, após uma emboscada, Renato Gonçalves terá voltado a esfaqueá-lo, desferindo-lhe vários golpes no abdómen e no peito. Neste segundo momento, surge Diogo Meireles, conhecido por “Xió”, que também terá atingido Igor com uma faca.

Apesar dos ferimentos, a vítima conseguiu escapar após a intervenção de terceiros, mas terá sido apanhada uns metros mais à frente por Renato Gonçalves e Diogo Meireles. O filho de Marco “Orelhas” terá voltado a esfaquear Igor Silva, que sofreu um total de 18 ferimentos cortantes e corto-perfurantes, a maioria no tórax e no abdómen e pelo menos seis ferimentos defensivos.

Duas das lesões no tórax atingiram diretamente o coração. Igor Silva acabou por morrer no local.

Os dez arguidos são suspeitos do crime de homicídio qualificado.

A CNN Portugal sabe também que uma das testemunhas-chave do processo terá sido alvo de ameaças de morte, de forma a não prestar esclarecimentos nem ajudar as autoridades a identificar os agressores.

Entretanto, o Ministério Público pediu prisão preventiva para Marco "Orelhas", Paulo Cardoso e Diogo Meireles, sugerindo apresentações periódicas para os restantes arguidos.

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