Famalicão-Moreirense, 5-0 (crónica)

Nuno Dantas , Estádio Municipal de Famalicão
13 fev 2022, 17:29

‘Manita’ à moda de Famalicão

Festival de golos em Famalicão! A equipa de Rui Pedro Silva cilindrou o Moreirense e matou o borrego, vencendo pela primeira vez os cónegos em jogos da I Liga. A formação orientada por Sá Pinto teve dez minutos negros em que sofreu três golos e deitou por terra qualquer hipótese de reação.

Num duelo de vizinhos, os famalicenses fizeram uma ultrapassagem a grande velocidade na tabela classificativa, mostrando aos cónegos o que é uma ‘manita’ à moda de Famalicão. Os de Moreira de Cónegos ficam agora em zona de aflição e à espera do que vai fazer o Arouca frente ao Marítimo.

Dez minutos fatais

Rui Pedro Silva faz apenas uma alteração no onze em relação ao jogo frente aos leões. Saiu o castigado Pickel e entrou o regressado Gustavo Assunção. Já Ricardo Sá Pinto apostou na mesma equipa que goleou em casa o Belenenses (4-1). Com as duas equipas a jogar num 3x4x3, o início foi equilibrado, mas foi o Moreirense a primeira equipa a criar perigo.

Após recuperação de bola no miolo de terreno, André Luís, e zona frontal, rematou solto e deixou o primeiro aviso. Ao quarto de hora, o avançado brasileiro foi o terceiro andar cabecear com estrondo à barra da baliza de Luiz Júnior, que nem se mexeu. Os cónegos colocavam os locais em sentido. Contudo, os famalicenses responderam com eficácia e de forma letal.

Simon Banza bailou na esquerda, simulou e acabou derrubado por Pablo. Grande penalidade que Pêpê Rodrigues não desperdiçou. E começavam aqui os dez minutos negros e fatais para os cónegos. Os famalicenses provocaram uma avalanche ofensiva que só abrandou quando chegaram aos 3-0. Antes dos golos, Bruno Rodrigues, isolado, tentou o chapéu a Pasinato, mas o guarda-redes impediu o golo com a ponta das luvas.

Depois, à meia hora, Simon Banza marcou mesmo. Recebeu o esférico na direita e, num centro remate – o esférico ainda desviou num defesa – fez o segundo golo do encontro, o nono da conta pessoal na Liga. Três minutos depois, jogada de entendimento entre Bruno Rodrigues e João Carlos Teixeira e este último a cruzar atrasado para o remate certeiro de Adrián Marín.

Atordoado, o Moreirense tentou reagir e foi para o meio campo adversário, mas em cima do descanso voltou a ser o Famalicão a fazer balançar a rede. Livre estudado apontado por Ivo que deu na esquerda em Marín, que cruzou atrasado para o golo de João Carlos Teixeira.

Fama a gerir e Moreirense sem reagir

Na segunda metade, os de Moreira de Cónegos tentaram deixar outra imagem na partida, as acabaram mesmo por ficar pela intenção. A turma visitante nunca conseguiu impor o jogo, nem chegar com perigo à baliza defendida por Luiz Júnior, a não em lances de bola parada.

Continuavam a ser os de Famalicão a estar mais perto do golo. João Carlos Teixeira, a passe de Ivo, ficou perto de bisar, valeu o corte in extremis de Rosic. Os técnicos iam refrescando as equipas e salvaguardando os jogadores amarelados, mas a toada do jogo mantinha-se.

Num dos muitos lances de contra-ataque, os famalicenses iam chegar ao quinto golo. De La Fuente, acabado de entrar, cruzou rasteiro da direita e, no coração da área, o também recém-entrado Dolcek rematou para o fundo das redes.
 

Até ao final, houve uma espécie de tratado de não agressão e o encontro terminou com os adeptos do Famalicão com uma mão cheia de razões para festejar; já os aficionados dos visitantes fizeram a festa do início ao fim e a derrota nunca os abalou. Foi bonita a festa.

 

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