Em outubro, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 392 euros, mais seis euros do que no mês anterior e 113 euros acima de outubro de 2022
A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação voltou a aumentar em outubro, para 4,433%, 16,3 pontos base acima da de setembro e permanecendo no valor mais elevado desde março de 2009, divulgou esta sexta-feira o INE.
Ainda assim, o Instituto Nacional de Estatística (INE) nota que, “pelo quinto mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos”.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 1,4 pontos base, de 4,366% em setembro para 4,380% em outubro, mantendo-se no valor mais elevado desde abril de 2012.
Para o destino de financiamento “aquisição de habitação”, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 4,408% (+16,1 pontos base face a setembro). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 1,3 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 4,364%.
Considerando a totalidade dos contratos, em outubro, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 392 euros, mais seis euros do que no mês anterior e 113 euros acima de outubro de 2022 (aumento de 40,5%).
“Pela primeira vez nos últimos 12 meses, registou-se uma redução da taxa de variação homóloga do valor médio da prestação face à observada no mês anterior (41,9%)”, nota o INE.
Deste valor, 234 euros (60%) correspondem a pagamento de juros e 158 euros (40%) a capital amortizado, sendo que, em outubro de 2022, a componente de juros representava apenas 25% do valor médio da prestação (279 euros).
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 16 euros em outubro face ao mês anterior, para 644 euros, o que representa um aumento de 31,7% face ao mesmo mês de 2022.
Em outubro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 224 euros face ao mês anterior, fixando-se em 64.186 euros.
Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 125.103 euros, mais 1.711 euros do que em setembro.