Primeiro-ministro da Eslováquia afirma que há países da NATO e da UE a considerar enviar soldados para a Ucrânia

26 fev, 17:32
Tropas franceses em exercícios da NATO na Estónia (AP)

Envio de tropas pode marcar um ponto de viragem na guerra, uma vez que a Rússia deverá ver essa decisão como uma escalada

Vários membros da NATO e da União Europeia estão a considerar enviar tropas para a Ucrânia, afirmou o primeiro-ministro da Eslováquia, sem esclarecer quais os Estados-membros que estão a pensar fazê-lo.

Robert Fico, que ganhou as eleições com uma agenda que defendia menos apoio para a Ucrânia e é visto por muitos como pró-Rússia, não quis concretizar, mas deixou a hipótese no ar.

“Vou dizer apenas que isto implica que um número de Estados-membros da NATO e da União Europeia estão a considerar enviar tropas para a Ucrânia numa base bilateral”, afirmou, à margem de uma reunião entre líderes europeus em Paris, onde se espera que saia um apoio reiterado a Kiev.

Os países da NATO e da União Europeia, organizações às quais pertence Portugal, têm fornecido milhares de milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia, seja através de armas, carros de combate ou munições.

Em paralelo as forças ocidentais estão a treinar as tropas ucranianas, incluindo com caças F-16, que ainda não estão a ser utilizados no terreno, mas que devem ficar disponíveis em breve, quando o treino dos pilotos ucranianos terminar.

Apesar disso, caso a hipótese lançada por Robert Fico se venha a verificar, isso marca um novo passo na guerra, até porque o Ocidente, nomeadamente a NATO, querem evitar um conflito direto com a Rússia.

“Nem a NATO nem os aliados da NATO são parte do conflito”, afirmou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, a 14 de fevereiro.

Para já houve poucas reações às palavras do primeiro-ministro eslovaco. Uma das poucas foi do homólogo checo, Petr Fiala, que garantiu que a Chéquia “não está a preparar-se para enviar soldados para a Ucrânia”.

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