O Batalhão dos Lobos de Da Vinci está a recrutar (mas a nova mobilização geral na Ucrânia ainda não arrancou)

16 fev, 11:24
Mobilização na Ucrânia (Getty)

Trata-se de um batalhão de elite

A nova mobilização militar geral na Ucrânia foi um dos pontos de fricção entre o presidente Zelensky e o antigo comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas Zaluzhnyi e continua a ser um problema para Kiev. Numa altura em que o conflito se aproxima do segundo aniversário, e depois de uma contraofensiva falhada, os soldados começam a escassear nas fileiras, mas já há unidades especiais do exército ucraniano a recrutar novos operacionais, como noticia a Reuters.

Um ano depois de o fundador do Batalhão dos Lobos Da Vinci ter sido morto no na linha da frente, este batalhão de elite do exército ucraniano montou um novo centro de recrutamento para compensar as perdas provocadas pela armada moscovita.

Num escritório de Kiev, a parede é adornada com o retrato do fundador dos Lobos de Da Vinci, Dmytro "Da Vinci" Kotsiubailo, morto em Bakhmut em março do ano passado, um mártir que se transformou na nova imagem da propaganda de Kiev para atrair novos membros.

“Procuramos essencialmente pessoas que queiram lutar, que se queiram juntar à nossa unidade e que compreendam para onde estão a vir”, explica o novo comandante da unidade, Serhii Filimonov.

Serhii Filimonov foi recentemente apresentado oficialmente como comandante dos Lobos de Da Vinci (Getty)

O Batalhão dos Lobos de Da Vinci justifica que quer mostrar aos ucranianos elegíveis para recrutamento que podem escolher onde e com quem querem servir no campo de batalha.

Dada a preocupante falta de operacionais no terreno, o Parlamento da Ucrânia está a estudar a possibilidade de criar um projeto-lei que reduza a idade de alistamento obrigatório dos 27 para os 25 anos.

Quanto ao fundador dos Lobos de Da Vinci, a fama de Kotsiubailo começou a ser edificada em 2014 como elemento de uma unidade nacionalista que combateu as forças russas durante a invasão da Crimeia. Em 2021 foi condecorado como herói da Ucrânia por Zelensky, que também esteve presente no seu funeral. Agora é usado como modelo e fonte de inspiração para que os jovens ucranianos se alistem nas Forças Armadas e combatam os russos.

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