Não causa “destruição física” na Terra mas é uma “preocupação” emergente: EUA reagem a nova arma russa

15 fev, 20:14
John Kirby (AP)

Casa Branca continua a recusar divulgar documentos que dão conta de uma arma anti-satélite

Não pode causar “destruição física” direta na Terra, mas é uma “preocupação” emergente. A Casa Branca confirmou esta quinta-feira que a Rússia está a desenvolver uma arma anti-satélite, depois de notícias terem dado conta de que documentos classificados obtidos pelos Estados Unidos apontavam para esse cenário.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional confirmou que essa é uma preocupação atual, dizendo que as informações obtidas pelos Estados Unidos indicam que a Rússia já tem a capacidade de desenvolver tal arma, mas que ainda não a tem operacional.

Segundo explicou aos jornalistas John Kirby, os Estados Unidos estão atualmente a analisar toda a informação disponível, além de também estarem a falar com vários parceiros, incluindo a União Europeia e a Ucrânia.

“Para já não é uma capacidade ativa que tenha sido destacada e, apesar de a tentativa russa de ter esta capacidade ser preocupante, não existe uma ameaça à segurança de ninguém”, afirmou, explicando que “não estamos a falar de uma arma que possa ser utilizada para atacar seres humanos ou causar destruição física na Terra”.

Mesmo que recusando divulger os documentos classificados, a Casa Branca teve mesmo de vir prestar esclarecimentos, até porque o presidente da Comissão de Serviços de Informação pediu urgentemente a partilha desses dados. O republicano Michael Turner disse mesmo que se tratava de uma ameaça nacional séria.

O presidente da Comissão de Serviços de Informação emitiu mesmo um comunicado a pedir a desclassificação desses documentos, para que Estados Unidos e aliados pudessem discutir abertamente a ameaça, mas a Casa Branca negou e continua a negar essa pretensão.

Nem mesmo um email aos seus colegas do Congresso a falar num “assunto urgente que diz respeito à desestabilização da capacidade militar estrangeira” mudou a decisão da administração Biden.

E.U.A.

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