EDITORIAL

3 abr 2022, 21:49
Nuno Santos - Apresentação "Decisão 22"

Nos últimos dias, a palavra de ordem na nossa Redação sobre a Guerra da Ucrânia tem sido: mais. Mais informação, mais análise, mais detalhe.

Para compreendermos melhor esta guerra nas suas diferentes dimensões, necessitamos de mais dados para a podermos explicar melhor.

Nesse sentido, também precisamos de chegar a mais sítios, designadamente aos que têm sido mais atingidos pelo conflito, para entendermos o grau de destruição, o estado das populações civis, a esperança que paira nestes dias tão sombrios.

Mariupol, uma das cidades mártires desta guerra, tem estado todos os dias nas notícias, mas faltava-lhe um olhar português.

Bruno Amaral de Carvalho é um jornalista português freelancer que tem seguido a guerra a partir “do outro lado”.

Ou seja, tal como todos os enviados portugueses dispõem hoje de uma credencial das autoridades ucranianas, Bruno Amaral de Carvalho dispõe de um documento passado pelas autoridades russas. Numa guerra ninguém é inteiramente livre.

Não confundimos os planos porque sabemos que há um país invasor e um território invadido, mas mesmo com restrições - ditadas pelas autoridades em tempo de conflito - e eventualmente com uma perspectiva, um jornalista no terreno deve procurar a verdade.

Foi isso que encontrei no trabalho do Bruno Amaral Carvalho para a TVI e para a CNN como sucedera, aliás, nos seus recentes artigos para o jornal Público.

Na minha condição de Diretor de todas as plataformas de Informação Vídeo e Digital do Grupo Media Capital, achei pertinente fazer este esclarecimento. E acrescentar que todo o material enviado foi acompanhado e editado em Lisboa.

A guerra é por natureza o território da informação e da contra informação. O papel dos jornalistas, e em especial dos que têm responsabilidades, é o de ajudarem os espectadores e os leitores a separarem o trigo do joio.

O que aconteceu em Mariupol é avassalador para os sentidos. É o lado negro da natureza humana.

Já tínhamos visto, ouvido e contado.

Mas um olhar português acrescenta sempre algo mais.

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