Ninguém sabe onde está Prigozhin, mas líder da Wagner voltou a falar após rebelião: “Hoje, mais do que nunca, precisamos do vosso apoio"

4 jul 2023, 15:12
Yevgeny Prigozhin (AP)

Líder dos mercenários reafirmou que a revolta de dia 23 de junho "tinha como objetivo lutar contra os traidores"

Yevgeny Prigozhin continua em paradeiro incerto, mas ainda vai dando uso às redes sociais. Esta segunda-feira, num dos canais do Telegram afetos às chefias do Grupo Wagner, Prigozhin publicou uma nova mensagem.

"Hoje, mais do que nunca, precisamos do vosso apoio. Obrigado por isso. Quero que compreendam - a nossa marcha pela justiça tinha como objetivo lutar contra os traidores e mobilizar a nossa sociedade. E penso que o conseguimos em grande parte. Num futuro próximo, tenho a certeza de que verão as nossas próximas vitórias na frente de batalha. Obrigado, malta!", disse Yevgeny Prigozhin.

O Grupo Wagner, liderado pelo “chefe de Putin”, iniciou a 23 de junho uma rebelião com a captura sem resistência da cidade russa de Rostov, sede do comando sul do Exército Russo, com a intenção de se dirigir a Moscovo para afastar os principais líderes militares, o ministro da Defesa Sergei Shoigu e o Chefe do Estado-Maior Valery Gerasimov, em resposta a um alegado bombardeamento contra os soldados mercenários na Ucrânia.

Em pleno conflito com o Kremlin e a 200 quilómetros da província de Moscovo, uma coluna militar do Grupo Wagner deu meia-volta, na tarde do dia 24 de junho, após mediação do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, num acordo para travar a revolta, amnistiar os mercenários e enviar Prigozhin e alguns dos seus homens para o exílio na Bielorrússia, e oferecendo a outros a possibilidade de serem integrados nas forças regulares da Rússia.

No dia 26 de junho, Prigozhin publicou um áudio, no qual justificou o fim da rebelião com a necessidade de evitar o “derramamento de sangue russo”, e negou que estaria a tentar efetuar um golpe de Estado.

O Grupo Wagner esteve na linha da frente desde o início da invasão, tendo assumido protagonismo na conquista de Bakhmut, na província de Donetsk, na mais longa e sangrenta batalha da guerra da Ucrânia, à custa de elevadas baixas, entre acusações abertas de Prigozhin de falta de apoio militar por parte de Moscovo.

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