Ministro italiano quer um exército da União Europeia

7 jan, 11:54
Antonio Tajani (Lewis Joly/AP)

Antonio Tajani diz que é necessário algo para defender os 27 perante vários possíveis adversários poderosos

Multiplicam-se os avisos na União Europeia em relação ao perigo que pode vir da Rússia. Com quase dois anos de guerra na Ucrânia, os 27 parecem temer cada vez mais que o conflito extravase fronteiras.

Primeiro foi o chefe das Forças Armadas dos Países Baixos a dizer ao país que se devia preparar para uma guerra. Depois doi o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, que também é candidato ao cargo de secretário-geral da NATO, a dizer que a Rússia não vai parar na Ucrânia, mesmo que perca a guerra.

E agora foi o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália. Antonio Trajani afirmou que a União Europeia devia formar um exército combinado que sirva para manter a paz, mas também para prevenir conflitos futuros. Uma espécie de exército da ONU, mas só em solo europeu.

Numa entrevista ao jornal La Stampa, o líder da diplomacia italiana afirmou que uma cooperação de defesa mais eficaz na Europa é uma prioridade do Força Itália, o partido que o ministro lidera, e que faz parte da coligação que suporta o governo de Giorgia Meloni.

“Se queremos manter a paz no mundo, precisamos de um exército europeu. E essa é uma condição fundamental para podermos ter uma política europeia eficaz”, disse.

“Num mundo com países poderosos como os Estados Unidos, China, Índia, Rússia – com crises do Médio Oriente ao Indo-Pacífico – os cidadãos italianos, alemães, franceses ou eslovenos só podem ser protegidos por algo que já existe, nomeadamente a União Europeia”, acrescentou.

A questão de um reforço da capacidade militar da Europa é uma discussão desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, mas para já tem-se concentrado noutros esforços, nomeadamente o alargamento da NATO, com a adesão da Finlândia e a expectável adesão da Suécia.

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