Europa e EUA avaliam possível exílio para o governo de Zelensky

7 mar 2022, 00:48
Zelensky

Plano envolve apoio ao presidente ucraniano e vai desde a mudança para Lviv, no oeste da Ucrânia, até à possibilidade da fuga para a Polónia

As autoridades europeias e americanas têm discutido de que forma pode o Ocidente apoiar o governo dirigido pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, caso este tenha que fugir de Kiev, capital ucraniana fortemente atacada pelas tropas russas desde 24 de fevereiro.

Segundo avançou a CNN, a discussão vai desde o apoio a Zelensky e às principais autoridades ucranianas para uma possível mudança para Lviv, no oeste da Ucrânia, até à possibilidade de Zelensky e os seus assessores serem forçados a fugir da Ucrânia e estabelecer um novo governo, na Polónia.

Para já, estas são apenas conversações preliminares, sendo que ainda não há nenhuma decisão tomada. As autoridades ocidentais também procuram ser cautelosas pelo facto de Zelensky demonstrar vontade em permanecer em Kiev e ter rejeitado conversas que se concentrem em qualquer outra opção que não seja a de impulsionar a Ucrânia a lutar contra a Rússia.

Terá havido, inclusive, a possibilidade de enviar um ou mais membros do governo de Zelensky para um local externo, caso Kiev fosse totalmente tomada pelos russos, mas Zelensky manteve para já a posição de não querer sair. 

“Os ucranianos têm planos sobre os quais não vou falar para garantir que há a continuidade do governo, de uma forma ou de outra", revelou o secretário do Estado norte-americano, Antony Blinken, em entrevista à CBS.

As autoridades europeias e americanas acreditavam que, nos primeiros dias da guerra, a mudança de Zelensky para Lviv poderia ser viável uma vez que não era claro se a Rússia teria como alvo o oeste da Ucrânia.

No entanto, onze dias após a investida militar e dada a escalada de violência russa contra civis um pouco por todo o país, a imprevisibilidade dos movimentos de Vladimir Putin fazem com que não haja certezas sobre o território ucraniano que possa (ou não) vir a ser poupado.

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