Como a China espalha a desinformação russa para 1400 mil milhões de pessoas

CNN , Por Simone McCarthy e o Gabinete da CNN em Pequim
14 mar 2022, 11:54
Residentes veem um ecrã de televisão com notícias sobre a Ucrânia num centro comercial em Hangzhou, na província de Zhejiang, na zona oeste da China

Em declarações públicas e em cimeiras internacionais, os representantes chineses tentaram transmitir uma posição aparentemente neutra na guerra na Ucrânia. Não condenam os atos russos nem excluem a possibilidade de Pequim servir como mediador na promoção da paz.

Mas enquanto as suas missivas internacionais mantêm muitos na dúvida quanto às verdadeiras intenções de Pequim, grande parte da sua cobertura mediática da invasão russa conta uma história bastante diferente.

Aí, desenrola-se uma realidade alternativa para os 1400 mil milhões de chineses onde a invasão não passa de uma “operação militar especial”, segundo a emissora nacional CCTV; os Estados Unidos podem estar a financiar um programa de armas biológicas na Ucrânia, e o presidente russo Vladimir Putin é uma vítima que está a defender uma Rússia em estado de sítio.

Para contar essa história, os principais meios de comunicação estatais – que dominam o espaço mediático altamente censurado na China – têm em grande medida ecoado as notícias da imprensa estatal da Rússia ou informação de representantes russos.

Uma análise da CNN examinou quase 5 mil publicações nas redes sociais de meios de comunicação estatais chineses durante os oito primeiros dias da invasão russa publicados na plataforma chinesa semelhante ao Twitter, o Weibo. A análise concluiu que das mais de 300 publicações mais partilhadas sobre os acontecimentos na Ucrânia – cada uma delas partilhada mais de mil vezes – quase metade, cerca de 140, eram aquilo que a CNN classificou como notoriamente pró-russas, muitas vezes continham informação atribuída a um representante russo ou retiradas diretamente da imprensa estatal russa.

A análise, que incidiu sobretudo nas notícias que tiveram mais visualizações nas redes sociais, pode não ser representativa de todas as publicações partilhadas no Weibo pelos meios de comunicação estatais. Mas dá um instantâneo da informação produzida pela imprensa estatal que é a mais visível para os mais de 500 mil milhões de utilizadores mensais da popular plataforma.

Não é claro a que ponto estas publicações podem ser explicitamente o resultado de uma campanha coordenada de propaganda entre os dois países, mas é consistente com um padrão contínuo onde a imprensa russa e chinesa amplificou e reforçou os seus pontos de discussão sobre questões como o tratamento dos dissidentes russos, as manifestações pró-democracia em Hong Kong, as origens da pandemia de Covid-19, ou o suposto papel americano par fomentar as “revoluções coloridas” contra regimes autoritários.

O presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês Xi Jinping

Esse reforço mútuo transbordou também para as vastas operações estrangeiras em língua inglesa que os dois países criaram para promoverem as suas opiniões a nível global – uma via que ganhou importância quando os meios de comunicação estatais da Rússia foram proibidos de estar no ar e online em partes do Ocidente.

No ambiente mediático explicitamente controlado pelo governo da China, todos os conteúdos relativos ao estado são vetados e emitidos em conformidade com as diretivas do governo. O facto de a China ter escolhido seguir o exemplo da Rússia ao propositadamente representar de maneira errada a guerra serve apenas para acentuar a proximidade entre Pequim e Moscovo – e quase troça com a autoproclamada imparcialidade da China ao ajudar a dialogar com a Rússia para pôr fim à violência.

O livro de jogadas

As garantias russas que de não atacará instalações civis – apesar das abundantes provas em contrário - a descrição de soldados ucranianos a usar táticas “nazis”, e desinformação relativamente ao paradeiro do presidente ucraniano Zelensky são notícias que foram canalizadas por fontes russas para o ecossistema fechado das redes sociais chinesas – onde muitos meios de comunicação ocidentais estão bloqueados – pela imprensa controlada pelo estado.

Essa dinâmica esteve em ação na segunda-feira de manhã da semana passada, quando a emissora estatal chinesa, CCTV, transmitiu um bloco na sua emissão da manhã a destacar a afirmação errada de Moscovo de que Washington tinha financiado o desenvolvimento de armas biológicas em laboratórios ucranianos. Essa informação foi usada para apoiar a narrativa de que é a Ucrânia – descrita por Moscovo como um estado-fantoche americano – que ameaça a Rússia e não o contrário.

Quem foi a fonte? O porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov, que no domingo disse que as forças russas tinham descoberto “provas” das “medidas apressadas para ocultar todos os vestígios do programa militar biológico financiado pelo Departamento da Defesa dos EUA”, e referenciou documentos que segundo ele detalham a destruição de patógenos perigosos nessas instalações por ordem do Ministério da Saúde ucraniano.

Na quarta-feira, numa declaração no Twitter, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, contestou as “afirmações falsas da Rússia sobre supostos laboratórios americanos de armas biológicas e desenvolvimento de armas químicas na Ucrânia” e destacou o “eco” dessas “teorias da conspiração” por autoridades chinesas.

“Isto é escandaloso. É o tipo de operação de desinformação que temos visto repetidamente por parte dos russos ao longo dos anos na Ucrânia e noutros países, que já foi refutada e é um exemplo do tipo de falsos pretextos que temos vindo a avisar que os russos iriam inventar”, disse Psaki, acrescentando ainda que os EUA “cumprem integralmente” as suas obrigações nos termos da Convenção Sobre Armas Químicas e da Convenção Sobre Armas Biológicas e “não desenvolve nem possui essas armas em lado nenhum”.

“Agora que a Rússia fez essas afirmações falsas, e que a China aparentemente apoiou essa propaganda, devemos estar atentos à possibilidade de a Rússia usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia, ou de criar uma operação de bandeira falsa usando-as. Há um padrão claro disso”, afirmou Psaki.

O assunto também foi levantado na terça-feira numa audiência no Senado, onde a Subsecretária de Estado para os Assuntos Políticos, Victoria Nuland, ao perguntarem-lhe se a Ucrânia tinha armas biológicas, disse que existem instalações de investigação biológica, e que os EUA estão preocupados com a possibilidade de a Rússia querer controlá-las.

“Estamos a trabalhar com os ucranianos sobre como podem evitar que os materiais de investigação caiam nas mãos das tropas russas, caso se aproximem”, disse Nuland.

Residentes veem um ecrã de televisão com notícias sobre a Ucrânia num centro comercial em Hangzhou, na província de Zhejiang, na zona oeste da China a 25 de fevereiro de 2022

Minutos após a transmissão da reportagem da CCTV, um meio de comunicação associado fez uma publicação online a repetir as afirmações do Ministério da Defesa russo e lançou um tópico relacionado no Weibo, que começou a ganhar destaque. O tópico foi visto mais de 45 milhões de vezes num período de algumas horas nesse dia.

No dia seguinte, a Rússia insistiu nas afirmações sobre armas biológicas com novas declarações, sem provas. A CCTV transmitiu uma nova rubrica televisiva, igualmente partilhada por meios de comunicação destacados no Weibo, obtendo mais atenções.

A notícia passou então para a narrativa das autoridades chinesas quando um jornalista de um meio de comunicação estatal numa conferência de imprensa habitual do Ministério dos Negócios Estrangeiros fez uma pergunta sobre os laboratórios, o que levou o porta-voz a ler uma extensa resposta preparada que repetia a desinformação russa.

“Mais uma vez, apelamos aos EUA para esclarecerem inteiramente as suas atividades militares biológicas dentro e fora das suas fronteiras e para aceitarem verificação multilateral”, disse o porta-voz Zhao Lijian.

No espaço de horas, pelo menos 17 órgãos informativos estatais, incluindo CCTV, Xinhua, e People's Daily, publicaram a resposta de Zhao no Weibo, onde o tema atingiu mais de 210 milhões de visualizações. Na tarde seguinte, um tema relacionado já tinha chegado ao topo das tendências no Weibo.

Este padrão é apenas um exemplo de um livro de jogadas que permite à China fazer a cobertura da guerra na ótica da retórica e desinformação da Rússia. Há outros exemplos de notícias, como as repetidas afirmações falsas de que Zelensky fugiu da capital ucraniana, Kiev – cuja fonte foi um deputado russo – e que foram repetidos e amplificados pelos meios de comunicação estatais chineses e russos nas suas plataformas nacionais e internacionais.

Uma análise da CNN tentou compreender a dimensão do papel dessas notícias no ecossistema informativo da China, altamente controlado, analisando primeiro quase 5 mil publicações nas contas de 14 dos mais influentes órgãos de comunicação estatal no Weibo, concentrando-se nos oito primeiros dias da invasão e em notícias sobre os acontecimentos na Ucrânia.

Em seguida, a CNN analisou quais dessas publicações tiveram maior aceitação, e identificou mais de 300 publicações partilhadas no Weibo mais de mil vezes. Dessas mais de 300 publicações, a análise verificou que quase metade apresentava a Rússia de maneira positiva – uma categoria que a CNN definiu como notícias cujas fontes são exclusivamente autoridades russas ou meios de comunicação russos, conteúdos que descrevem a Ucrânia de forma negativa, desinformação sobre Zelensky ou coberturas pró-Putin.

Enquanto cerca de 140 publicações mostravam a Rússia de forma positiva, a análise identificou menos de 15 publicações que representavam a Ucrânia positivamente.

Um olhar a outras caracterizações mostrou que apenas 90 dessas publicações eram neutras – por exemplo, relatórios puramente factuais de fontes fiáveis, notícias sobre auxílio humanitário ou atualizações sobre a retirada de cidadãos chineses da Ucrânia.

Apenas pouco mais de um terço era aquilo que a CNN classificou como anti-Ocidente ou anti-EUA, como por exemplo: notícias a transmitir a opinião de que a Rússia foi forçada a agir na Ucrânia devido à expansão da NATO ou a criticar a cobertura mediática ocidental da crise.

Os jornalistas da CNN classificaram algumas publicações em mais do que uma categoria. Uma análise da distribuição mostra que as publicações que descrevem a Rússia de forma positiva eram mais frequentes do que qualquer outra categoria.

Como a CNN apenas estudou publicações com grande visibilidade, as conclusões podem não ser representativas de todas as publicações produzidas pelos órgãos de comunicação estatais.

Em resposta ao pedido de comentário da CNN, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da China disse na quinta-feira que o país está a ser vítima de desinformação.

“Algumas forças e meios de comunicação anti-China forjaram demasiadas mentiras, rumores e desinformação sobre a China em questões que incluem a situação na Ucrânia”, segundo disse numa declaração. “Eles mancharam a imagem da China, envenenaram o ambiente mediático e enganaram o público a nível mundial. Esses atos são hipócritas e desprezíveis.”

O pano de fundo

As conclusões contrastam com a aparente linha mediana que a China tem tentado percorrer na sua diplomacia internacional.

Apesar de Pequim se ter mantido à parte da resposta ocidental à invasão russa, com os seus diplomatas a recusarem condenar a invasão, ou sequer darem-lhe esse nome, e a denunciarem as sanções ocidentais, a China também tem repetido frequentemente que “as preocupações de segurança legítimas de todos os países” devem ser resolvidas.

Na terça-feira, numa cimeira virtual com o Presidente Emmanuel Macron de França e com o Chanceler Olaf Scholz da Alemanha, o líder chinês, Xi Jinping, apelou a negociações para se chegar a “resultados pacíficos” e reforçou as promessas da China de contribuir para o auxílio humanitário na Ucrânia.

“Há uma diferença na maneira como a China fala com o seu público internacional e como fala com o seu público nacional. Para o público nacional, é importante conservar a parceria com a Rússia, porque essa é uma prioridade política para Xi,” disse Alexander Gabuev, presidente e membro do Programa Ásia-Pacífico no Centro Carnegie de Moscovo.

Ele aponta a relação cada vez mais próxima da China com a Rússia nos últimos anos, uma parceria estratégica reforçada, em parte, pela fricção comum com o Ocidente.

“Assim, (os líderes chineses) têm de moldar a perceção pública a respeito disto e explicar por que razão negociar com a Rússia tem uma justificação moral ou é a coisa certa a fazer e (a cobertura mediática chinesa) serve esse objetivo”, disse ele.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, numa conferência de imprensa diária em Pequim, na China, a 19 de março de 2021

Nos dias antes da invasão, tivemos um vislumbre de como a China tenta controlar a sua cobertura, quando uma diretiva interna que parece ter sido acidentalmente partilhada nas redes sociais mostrava o meio de comunicação estatal Beijing News a dar ordens aos seus funcionários para não publicarem notícias que fossem “negativas sobre a Rússia ou pró-Ocidente”. O Beijing News não respondeu ao pedido de comentários.

Maria Repnikova, diretora do Centro de Estudos Globais da Comunicação na Universidade Estadual da Georgia, disse que a cobertura favorável à Rússia estava em linha com os precedentes históricos: “As notícias que critiquem a Rússia ou que representem a Rússia de uma maneira desfavorável são habitualmente censuradas”, disse ela

“Em resultado disso, é vantajoso usar fontes mediáticas estatais russas porque são elas que representam o conflito (na Ucrânia) numa ótica mais favorável segundo a perspetiva russa”, afirmou ela.

Outro indício disto são as vozes que têm podido prosperar nas plataformas sociais da China, altamente censuradas, no rescaldo da invasão. As vozes nacionalistas pró-Rússia e anti-Ocidente têm dominado, enquanto se assiste a uma supressão das mensagens pró-Ucrânia ou antiguerra nas plataformas e em todo o cenário mediático.

Um exemplo gritante foi quando, na sexta-feira, a CCTV transmitiu um discurso de Andrew Parsons, presidente do Comité Paralímpico Internacional, na cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Pequim, em que muitas partes do discurso foram abafadas e não foram traduzidas.

Qual foi o contexto ofensivo? A “mensagem de paz” de Parsons, na qual ele não referiu a Rússia nem a Ucrânia, mas disse que estava “aterrorizado com o que estava a acontecer no mundo”.

Na China, as vozes que têm tentado pronunciar-se – inclusive cinco professores de História que escreveram uma carta aberta a expor a sua forte oposição à “guerra da Rússia contra a Ucrânia” – têm visto as suas publicações ser rapidamente apagadas ou as suas contas sociais suspensas.

“Temos visto vozes alternativas e críticas – com críticas subtis ou tentativas de apresentar cenas da zona de guerra e falar sobre humanismo e empatia para com a Ucrânia – (mas) muitas dessas mensagens têm sido censuradas”, disse Repnikova.

Na China, as plataformas das redes sociais têm tomado medidas contra vozes nacionalistas extremistas nas últimas semanas, como o Sina Weibo a “castigar” cerca de 75 contas e a analisar mais de 1500 publicações e a plataforma Douyin, de streaming de vídeo a remover mais de 6 mil vídeos ilegais, de acordo com o Global Times, detido pelo estado. Mas as vozes nacionalistas que têm dominado as plataformas de redes sociais alinham com aquilo que Repnikova descreve como um “pico significativo do nacionalismo digital, com os EUA e o Ocidente como alvo principal deste sentimento nacionalista”.

Quebrar o monopólio

Esse sentimento nacionalista – alimentado por uma desconfiança profunda nos EUA e uma preocupação com o seu papel como principal potência mundial – é uma parte crucial da cola que reafirmou a relação entre Rússia e China nos últimos anos.

Também se nota no tipo de cobertura mediática que os dois países têm partilhado com o exterior à medida que tanto a Rússia como a China têm tentado aprofundar os seus esforços de propaganda, com o lançamento de marcas noticiosas amigas das redes sociais em inglês e outras línguas, como a CGTN chinesa e a RT (antiga Russia Today).

Apesar de os especialistas dizerem que não é claro se os principais dirigentes dos meios de comunicação dos dois países discutem a cobertura mediática ao nível operacional e se a coordenação oficial é de natureza mais simbólica, tem havido um impulso crescente nos últimos anos para o alinhamento e partilha de conteúdos.

Uma grande bandeira ucraniana com o slogan "Estamos Com a Ucrânia" escrito com caracteres chineses pôde ser vista no muro exterior da Embaixada do Canadá a 1 de março de 2022, em Pequim, na China

Existem diversos acordos de partilha de conteúdos entre os meios de comunicação chineses e russos, e a visão comum é clara: esses meios juntos podem “quebrar o monopólio dos meios de comunicação ocidentais”, tal como explicava uma reportagem do Global Times num fórum de comunicação entre China e Rússia em 2015.

Avançando para a crise na Ucrânia, a vantagem dessa colaboração, pelo menos para um dos parceiros, é clara.

Na União Europeia, os meios de comunicação apoiados pelo Kremlin, RT e Sputnik, foram oficialmente banidos na quarta-feira passada, tendo empresas como a Meta, empresa-mãe do Facebook e do Instagram, e o YouTube da Google avançado para bloquear os seus conteúdos.

Mas nos canais chineses como o da CGTN e do Global Times, que continuam em funcionamento, esses pontos de vista russos continuam a passar.

Já esta semana, publicações dessas contas sugeriram que a Ucrânia e os EUA têm inclinações nazis, repetiram a desinformação sobre os laboratórios, e citaram a Rússia a negar que pretende derrubar o governo atual na sua “operação militar especial” na Ucrânia.

Como a CNN fez a reportagem desta notícia:
Uma vez que as reportagens internacionais são uma indústria altamente controlada e regulada na China, apenas um número limitado de meios de comunicação estatais, como a Xinhua e a CCTV, têm autorização para transmitir notícias internacionais. Para esta reportagem, selecionámos 14 contas chinesas nas redes sociais com quase ou mais do que 10 milhões de seguidores no Weibo, uma plataforma semelhante ao Twitter que chega a mais de 500 mil milhões de utilizadores mensais e é popular na China. Entre estas contas estão a de meios de comunicação principais como Xinhua, China News Service, CCTV, People's Daily, e Global Times. Através de uma pesquisa por palavra-chave, reunimos todas as publicações relativas à Rússia ou Ucrânia publicadas por essas contas entre 24 de fevereiro e 3 de março, os oito primeiros dias da invasão da Rússia à Ucrânia.
Examinámos então as publicações partilhadas mais de mil vezes e avaliámos cada uma delas – mais de 300 – quanto à sua preferência política. Os jornalistas classificaram as publicações como neutras, pró-Rússia, pró-Ucrânia, anti-EUA/Ocidente e pró-China. Algumas publicações foram classificadas em diversas categorias, como pró-Rússia e anti-Ocidente. Analisámos as fontes e o texto das notícias para decidir as suas categorias.
Uma vez que a análise incidiu sobretudo nas notícias que tiveram mais visualizações na plataforma da rede social que é altamente controlada, as conclusões da CNN podem não ser representativas de todas as publicações partilhadas pelos meios de comunicação estatais no Weibo.

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