António Costa chama "barbaridade" às imagens de civis mortos em Bucha. Marcelo concorda

Patrícia Pires , com Lusa
3 abr 2022, 19:38

Primeiro-ministro reagiu às imagens divulgadas e apela a que atos sejam punidos "pela justiça internacional"

Primeiro-ministro português, António Costa, reagiu às imagens divulgadas e apela a que atos sejam punidos "pela justiça internacional". Numa mensagem divulgada no twitter escreveu: "É chocante a brutalidade das imagens que nos chegam de Bucha. Condenamos veementemente estas atrocidades contra civis. Uma barbaridade inaceitável que tem de ser veementemente punida pela justiça internacional".

Pouco tempo depois, questionado pelos jornalistas, o Presidente da República afirmou que acompanha a “posição do Governo português” sobre a situação em Busha, na região de Kiev, afirmando que a “orientação de política externa” do executivo é igual à do chefe de Estado.

 

Já vários líderes mundiais fizeram o mesmo apelo para que seja feita uma investigação e mostraram-se todos chocados com as imagens da cidade de Bucha, na região de Kiev, onde muitos corpos foram descobertos após a partida das forças russas.

Também este domingo, a Ucrânia acusou este domingo a Rússia de "genocídio", alegando ter encontrado os corpos de 410 civis na região de Kiev recentemente recapturada das forças de Moscovo.

Na cidade de Bucha, a noroeste de Kiev, cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns, segundo autoridades ucranianas.

Entretanto, a Rússia negou que as suas tropas tenham matado civis nesta cidade e assegurou que todas as fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são "uma provocação".

O chefe do executivo português junta-se assim ao coro de indignação provocada pelas imagens de cidade ucraniana de Bucha, onde muito corpos, inclusivamente de crianças, foram encontrados em valas comuns após a retirada das forças russas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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