Líder da Comissão Europeia considera premente "investigação firme e clara" sobre alegados crimes de guerra cometidos pela Rússia de Putin
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, adiantou que é essencial "apoiar a Ucrânia de todas as formas possíveis" nesta guerra provocada pela Rússia e que já fez centenas de mortos e milhares de refugiados.
Em entrevista exclusiva à CNN, von der Leyen disse que os possíveis crimes de guerra levados a cabo pela Rússia de Vladimir Putin têm de ser investigados.
"É importante fazermos uma investigação clara para não haver dúvidas sobre o que está a acontecer.", avançou. A líder da Comissão Europeia alertou que os corredores humanitários não resultam apenas de decisões políticas, sendo também necessária a colaboração dos militares do terreno, processo que tem vindo a ser feito.
"Estamos preocupados com a segurança", respondeu a presidente da CE quando questionada sobre o ataque à central nuclear de Zaporizhzhia, reforçando, por isso, a importância de identificar todos os canais possíveis para ser possível interromper futuros bombardeamentos.
"Estamos a esforçar-nos para apoiar a Ucrânia a criar corredores humanitários. Estamos a trabalhar ao lado da Cruz Vermelha Internacional para criar esses corredores para que chegue ajuda às cidades e também para com que os cidadãos consigam sair de lá", continuou.
Sobre as sanções aplicadas à Rússia não estarem a ser suficientes para interromper a investida armada, Ursula acredita que as punições (que têm sido aumentadas com o escalar do conflito armado, foram tomadas em tempo recorde).
"O que fizemos, através de uma reunião extraordinária e também em tempo recorde, foi colocar sanções financeiras e económicas contra a liderança russa, assim como contra o setor económico russo, que têm um grande impacto na economia daquele país. Isso fez com que a inflação disparasse, os juros também. O mercado de ações está fechado", disse, explicando que o objetivo destas punições são impossibilitar Vladimir Putin de continuar a financiar a guerra.
Quanto ao setor energético, a íder da Comissão Europeia reforçou a importância da Europa se tornar independente dos recursos fósseis russos.
"É importante uma abordagem estratégica para conseguirmos acelerar o investimento em energia renovável e também na diversificação do nosso abastecimento energético", reforçou, rematando que a Ucrânia pertence à "família europeia".
