Duas crianças com ligação a Portugal entre os 13 reféns libertados pelo Hamas

25 nov 2023, 22:34

Alma e Noam Or foram raptados com o pai depois de o Hamas ter entrado em Israel a 7 de outubro. A mãe das meninas foi morta nesse dia

Dois menores com ligação a Portugal fazem parte dos 17 reféns libertados pelo Hamas este sábado. Os nomes foram inicialmente avançados pelo jornal Haaretz, e posteriormente confirmados à CNN Portugal pela Comunidade Israelita do Porto (CIP).

Alma e Noam Or, de 13 e 17 anos, respetivamente, são filhos de Dror Or, judeu descendente de sefarditas, e que por isso obteve nacionalidade portuguesa, que foi concedida já depois de o homem ter sido raptado.

O homem, de 48 anos, continua entre os reféns do Hamas, depois de a família ter sido raptada a 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque em solo israelita. Nesse mesmo dia Yonat Or, mulher de Dror Or e mãe das meninas libertadas, foi assassinada.

Com Dror, Alma e Noam or estava ainda Liam Or, de 18 anos, que é sobrinho de Dror, e que também continua refém do Hamas.

Depois de Adina Moshe, mulher luso-israelita, esta é mais uma libertação ligada a Portugal.

Ao início da tarde desta sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, tinha indicado que, dos critérios estabelecidos para a libertação de reféns feitos pelo Hamas – dar prioridade a mulheres e crianças -, haveria “eventualmente uma pessoa” que poderia “vir a ser libertada durante os próximos dias”, mas o Governo português não dispunha ainda de garantia nesse sentido.

A trégua de quatro dias entrou em vigor às 07:00 de sexta-feira (05:00 em Lisboa) após mais de um mês e meio de guerra, como parte de um acordo para libertar 50 reféns israelitas em troca de 150 prisioneiros palestinianos. O cessar-fogo chegou até a estar em risco, depois de o Hamas ter dito que Israel não estava a cumprir a sua parte, mas uma intervenção de Egito e Catar ajudou a desbloquear a situação.

A guerra eclodiu quando membros do Hamas invadiram o sul de Israel, matando pelo menos 1.200 pessoas, na maioria civis, e fazendo reféns, incluindo bebés, mulheres e idosos, bem como soldados.

Os bombardeamentos israelitas, agora na sétima semana, mataram mais de 13 mil palestinianos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.

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